Mulher fica totalmente careca seis meses após nascimento do filho
Diagnosticada com uma forma de alopecia, a britânica foi tranquilizada por médicos, mas sofreu com crises de autoestima
atualizado
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Rima Theisen, 37 anos, perdeu todos os pelos do corpo após dar à luz seu segundo filho, atualmente com 17 meses. De acordo com relato da britânica, os primeiros fios começaram a cair logo depois do parto de Tennyson, o primogênito, de 3 anos. Desde então, sua vida mudou.
“Muitos fios estavam saindo na escova”, conta ela. Cerca de seis meses após o nascimento do mais velho, veio o choque. “Eu também comecei a encontrar pedaços de cabelo no chão. Pesquisei na internet e descobri que a perda de cabelo pós-parto é normal”, relembra.
A mulher explica que era dona de uma cabeleira vasta, portanto, a perda de alguns fios não apresentou diferença em seu visual. Contudo, novamente, seis meses depois de Clementine vir ao mundo, “mais e mais cabelo estava caindo”. “Fui ao meu médico e ele me tranquilizou: ‘Alguma perda de cabelo é normal após a gravidez’.”
“Mas em apenas quatro semanas, foi muito pior do que antes. Toda vez que eu tomava banho, meu cabelo saía em punhados”, diz Rima, que passou a não conseguir disfarçar as falhas no couro cabeludo. A britânica admite ter sofrido crises de autoestima. Porém, decidiu assumir a careca com a ajuda do marido e de familiares.
No trabalho, perguntavam se ela lutava contra um câncer. A situação piorou quando Rima perdeu as sobrancelhas e todos os pelos restantes do corpo. “Meu rosto parecia estranho e alienígena”, lamenta. Rima, contudo, tatuou sobrancelhas e aderiu aos cílios postiços.
Agora, a mulher – diagnosticada com uma forma de alopécia – se conforma com sua aparência. “Com o passar dos meses, sem nenhum sinal de crescimento natural, aceitei que meu cabelo provavelmente se foi para sempre”, diz, segundo a revista Crescer.
É normal perder cabelo pós-parto?
De acordo com a dermatologista Alciara Lima Cubo, da Associação Brasileira de Dermatologia, perder cabelo após dar à luz é normal. Chamado de eflúvio telógeno, o processo se dá devido aos hormônios acelerados que, durante a gestação, faz com que os fios cresçam e fiquem mais fortes. Passada a gravidez, estes fios caem.
Porém, diante do caso de Rima Theissen, Alciara explica que a britânica sofreu com outro processo, denominado alopecia areata. Considerada uma doença, não tem causa padrão, mas pode ocorrer devido a fatores de estresse, anemia, fatores imunológicos e tendência genética. Nos homens, da mesma forma.
Conforme a dermatologista, pessoas como Rima são aconselhadas a fazerem tratamento que podem ou não gerar resultados a fim de resgatar os fios. “Em torno de um ano, a tendência é que a pessoa recupere o cabelo perdido”, diz a especialista. Ela contrasta, afirmando que tudo dependerá de como o paciente responderá ao processo. Por último, Alciara conclui que a alopecia areata não é grave.