Macron endurece confinamento na França após aumento de casos da Covid
Presidente francês anunciou novas medidas de isolamento que durarão, inicialmente, por três semanas, a partir de sábado (3/4)
atualizado
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O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quarta-feira (31/3) regras mais duras de confinamento para conter a pandemia da Covid-19. As medidas entram em vigor no sábado (3/4) e devem durar três semanas.
Adotadas inicialmente em 18 de março, as restrições se estendem por todo o território francês na Europa. Desta forma, não vale para territórios ultramarinos, como a Guiana Francesa.
Entre as ações restritivas, ficam determinados: toque de recolher às 19h; fechamento do comércio não essencial; deslocamentos limitados a, no máximo, 10 km; proibição de viagens entre regiões diferentes da França; e fechamento de escolas por três semanas, com calendário adaptado, aulas virtuais e ampliação das férias de primavera.
Macron ainda anunciou a abertura de mais leitos de unidade de terapia intensiva (UTI), com ampla mobilização na rede hospitalar. O presidente disse que quer acelerar a vacinação, para imunizar todos os maiores de 18 anos até o fim do verão francês, em setembro.
“Se nós nos mantivermos unidos e se soubermos nos organizar, veremos o fim do túnel. E, aí, nos reencontraremos”, ressaltou Macron, em discurso.
Macron disse que, desta vez, as autoridades exigirão um atestado comprovando o motivo do deslocamento apenas às pessoas que ultrapassarem a distância máxima, estipulada em 10 km.
As pessoas que desejarem se isolar em outras regiões francesas deverão fazer isso durante o feriado de Páscoa.
O país é o quarto com mais registros de Covid-19: são mais de 4,6 milhões de casos desde o início da pandemia, segundo a Universidade Johns Hopkins. Ao todo, 95.502 pessoas morreram na França em decorrência da doença.