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Com síndrome rara, jovem conta como descobriu que nasceu sem vagina

Aos 16 anos, ela passou por um check-up, que atestou a Síndrome de Rokitansky, que afeta uma em cada cinco mil mulheres.

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Joanna Giannouli
Joanna Giannouli
1 de 1 Joanna Giannouli - Foto: Joanna Giannouli

Portadora de uma doença rara, a jovem Joanna Giannouli, 27 anos, nasceu sem útero e vagina. Aos 16 anos, ela foi diagnosticada com síndrome de Rokitansky e, em uma entrevista à rede de TV inglesa BBC News, a jovem contou como vive com essa limitação.

Visualmente, o problema não é detectável, já que as alterações causadas pela síndrome afetam o sistema reprodutivo, impedindo que ela tenha filhos. Joanna conta que, tão difícil quanto aceitar o problema, foi se dar conta que poderia perder as pessoas que ama por causa da doença. A jovem foi abandonada pelo noivo aos 21 anos quando contou que sofria do problema.

“Tudo isso pertence ao passado e estou bem agora”, garante ela, que mantém um outro relacionamento há cinco anos. “Ele soube desde o início e escolheu ficar comigo. Sabe que nosso futuro não terá crianças. Ele está OK com isso e eu também”, afirma. Joanna lembra que, durante muito tempo, não falava sobre o assunto porque sua mãe sentia-se culpada pela doença.

Foi a mãe, inclusive, quem desconfiou que a filha tinha algo errado. “Ela me levou ao médico quando eu tinha 14 anos porque eu não estava menstruando. Ele não me examinou porque não queria tocar minha genitália”, lembra a jovem.

Aos 16 anos, ela passou por um check-up, que atestou a Síndrome de Rokitansky, que afeta uma em cada cinco mil mulheres. “Os médicos descobriram que eu não tinha canal vaginal e sofria da Síndrome de Rokitansky. Tinha nascido sem uma vagina funcional e os médicos tiveram que construir uma para mim para que eu pudesse ter relações sexuais.”, disse.

Conheça a síndrome de Rokitansky:

  • As mulheres que sofrem da doença nascem com vagina, colo do útero e útero subdesenvolvidos ou inexistente;
  • Nessas mulheres, a genitália externa é desenvolvida, inclusive com pelos pubianos;
  • Um dos sinais mais evidentes da síndrome é a falta de menstruação;
  • O sexo é difícil por conta da profundidade reduzida do canal vaginal.

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