Satélite com quase 30 anos vai cair na Terra. Saiba onde e quando
O satélite europeu ERS-2 cumpriu sua missão de observação da Terra e agora “volta para casa”. Maior parte dele deve queimar na atmosfera
atualizado
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Foram quase 30 anos de trabalho em favor da ciência. A “aposentadoria” completa do satélite europeu ERS-2 acontecerá nesta quarta-feira (21/2), quando o equipamento reentrar na atmosfera da Terra.
O ERS-2 se tornou um dos primeiros projetos de observação da Terra, ao ser lançado ao espaço em 21 de abril de 1995. Os cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) esperam que a reentrada aconteça por volta das 21h (horário de Brasília).
“O ERS-2 irá quebrar-se em fragmentos a cerca de 80 km acima da superfície da Terra e a grande maioria vai queimar na atmosfera. Alguns fragmentos poderão atingir a superfície da Terra, onde provavelmente cairão no oceano. Nenhum desses fragmentos contém quaisquer substâncias tóxicas ou radioativas”, avisa a agência.
Espera-se que o equipamento seja visto por um mínimo tempo, quando começar a queimar na atmosfera.
O “peso” do ERS-2 no lançamento (incluindo combustível) era de 2.516 kg. Como comparação, as reentradas recentes incluem o UARS (6,5 toneladas, em 2011) e o enorme impulsionador Long March-5B, que lançou o módulo principal da Estação Espacial Tiangong, da China, no fim de 2022 (23 toneladas).
Qualquer um pode “rastrear” o equipamento. Ou pelo menos acompanhar sua reentrada. O número de identificação do ERS-2 é 1995-021A/23560. A ESA conta com um site dedicado ao rastreamento do decaimento do ERS-2. Há outros sites para ver: Aerospace.Org, Space-Track e Heavens-Above.
A missão do satélite ERS-2
Quando foi lançado, a partir do foguete Ariane-4, no Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, em 1995, o ERS-2 era um dos primeiros aparelhos feitos para observar fenômenos na Terra. Tinha como objetivo monitorar massas terrestres, oceanos, rios, vegetação e regiões polares.
Ele acabou oficialmente as missões em 2011. Sem combustível ou baterias, o ERS-2 tornou-se somente lixo espacial e entrou na fila para fazer parte do programa europeu para mitigação de detritos.
Atualmente, há quase 26 mil objetos na órbita da Terra. E o número tende a crescer, com o aumento de lançamentos, principalmente para incremento da internet.