Saiba quem era o jornalista brasileiro executado a tiros no México
Além de ser editor-chefe de um portal digital que criou, Bachega também era empreendedor; o jornalista foi executado na terça-feira (3/12)
atualizado
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O jornalista Adriano Bachega, de 53 anos, foi assassinado a tiros nesta terça-feira (3/12) no México. Natural de Araucária, no Paraná, ele se naturalizou mexicano e construiu uma carreira no país, onde trabalhava como editor-chefe do portal Diário Digital Online e trabalhava como consultor de comunicação.
Bachega se apresentava em seu site oficial como um profissional com “30 anos de experiência, ajudando empresas e empreendedores” em áreas como publicidade, gestão, internet e redes sociais. Além do jornalismo, ele também tinha passagem pela antiga construtora Odebrecht (atual Novonor), conforme consta em seu perfil no LinkedIn.
De acordo com seu perfil nas redes sociais, ele era casado e pai de uma filha pequena, teria fundado sete empresas.
“Apesar de ter falido nos meus três primeiros empreendimentos, as lições aprendidas me levaram ao sucesso nos quatro projetos seguintes”, declarou Adriano em uma de suas apresentações.
Relembre o caso
Adriano vivia no estado de Nuevo León, no norte do México, onde foi brutalmente assassinado a tiros enquanto dirigia na Avenida Lázaro Cárdenas, entre as cidades de Monterrey e Pedro Garza García, na última terça-feira.
O ataque, que aconteceu por volta das 9h45 da manhã, envolveu um grupo armado que disparou pelo menos dez vezes contra o carro do jornalista. Após ser alvejado, o veículo cruzou a avenida. Autoridades encontraram no local diversos cartuchos espalhados pela calçada.
Bachega era conhecido não apenas por seu trabalho como editor-chefe, mas também por ser uma figura com contribuições significativas para o jornalismo e o mundo empresarial. Sua morte gerou comoção entre familiares e amigos e abriu um debate sobre os riscos enfrentados por jornalistas no México, um dos países mais perigosos para a profissão.