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Saiba quem é o novo líder do Hamas, “homem mais procurado por Israel”

Possível mentor dos ataques contra Israel, Yahya Sinwar é o rosto mais conhecido do grupo radical islâmico. Mas ele é apenas um dos líderes

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Yahya Sinwar, chefe do movimento islâmico palestino Hamas - Metrópoles
1 de 1 Yahya Sinwar, chefe do movimento islâmico palestino Hamas - Metrópoles - Foto: Yousef Masoud/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

O grupo fundamentalista islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, escolheu, na terça-feira (6/8) Yahya Sinwar como novo líder, sucedendo Ismail Haniyeh, que vivia exilado no Catar e foi morto em 31 de julho em visita a Teerã, no Irã.

Acredita-se que Yahya Sinwar seja o mentor do ataque terrorista de 7 de outubro, quando inúmeros combatentes do grupo radical islâmico cruzaram a fronteira da Faixa de Gaza com Israel, matando mais de 1.200 pessoas e sequestrando cerca 250 pessoas – destas, 111 continuam em Gaza, das quais 39 são dadas como mortas pelas forças israelenses.

Considerado o principal comandante do Hamas na Faixa de Gaza, ele é atualmente o homem mais procurado por Israel. O objetivo declarado do exército israelense é eliminá-lo e esmagar o grupo. Mas Yahya Sinwar é apenas um dos vários comandantes do Hamas.

Yahya Sinwar: “o carniceiro de Khan Yunis”

Visto como carismático e altamente inteligente, mas brutal e implacável, Yahya Sinwar governa o Hamas em Gaza com mão de ferro. Ele nasceu no campo de refugiados de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 1962, e foi um dos membros fundadores do Hamas em 1987. Alguns anos depois, também participou da criação do braço armado do grupo, as Brigadas Al-Qassam, que realizaram vários ataques suicidas em Israel.

Recebeu o apelido de “Carniceiro de Khan Yunis” depois de tomar medidas brutais contra palestinos suspeitos de colaborar com Israel.

Em 1988, foi condenado por um tribunal de Israel a quatro sentenças de prisão perpétua por matar dois soldados israelenses e assassinar vários palestinos. Na prisão, aprendeu hebraico e, segundo consta, estudou a mentalidade do “inimigo” lendo livros de personalidades israelenses famosas. Dizem que médicos israelenses salvaram sua vida ao removerem um abscesso de perto de seu cérebro.

Após 22 anos de prisão, foi solto em 2011 juntamente com mais de 1.000 palestinos, como parte de um acordo de troca de prisioneiros que levou o Hamas a libertar o soldado israelense Gilad Shalit, que estava há cinco anos em cativeiro. Sinwar retornou a Gaza e tornou-se responsável pela ligação entre os braços militar e político do Hamas. Em 2017, se tornou o líder do grupo islâmico na Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o acusou recentemente de sacrificar deliberadamente civis palestinos na luta contra Israel e disse que Sinwar não “se importava com sua nação e estava agindo como um pequeno Hitler em seu bunker”.

Acredita-se, porém, que Sinwar tenha deixado seu bunker e esteja agora escondido nos túneis de Gaza.

Khaled Mashal: líder fora de Gaza

Um dos líderes mais importantes do Hamas não está em Gaza, mas no Catar. Nascido na Cisjordânia em 1956, Khaled Mashal estudou Física na Universidade do Kuwait, onde se radicalizou. Posteriormente, morou na Síria e na Jordânia e foi membro fundador do escritório político do Hamas, do qual mais tarde se tornou presidente, em 1996.

Repetidamente pediu “terror” contra Israel e, em 1997, sobreviveu a uma tentativa de assassinato pela Mossad, a agência de inteligência de Israel.

Em 2012, viajou para Gaza via Egito para comemorar o 25º aniversário de fundação do Hamas. Esta teria sido sua primeira viagem a territórios palestinos em 45 anos. Em 2017, deixou o cargo de chefe do escritório político do Hamas para dar lugar a Haniyeh. Agora, é chefe do escritório de política externa do grupo.

Para mais reportagens acesse DW, parceiro do Metrópoles.

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