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Saiba quem era o líder do Grupo Wagner morto após queda de avião na Rússia

Yevgeny Prigozhin morreu nesta quarta-feira (23/8) em uma queda de avião na região de Tver, na Rússia, segundo o governo russo

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TV russa Yevgeny Prigozhin sai do QG do Grupo Wagner em Rostov-on-Don, na Russia
1 de 1 TV russa Yevgeny Prigozhin sai do QG do Grupo Wagner em Rostov-on-Don, na Russia - Foto: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images

Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner e possivelmente morto em um acidente de avião, nesta quarta-feira (23/8), ficou conhecido mundialmente como o homem que desafiou o presidente da Rússia, Vladmir Putin. Em junho, ele tentou liderar um motim em sinal de vingança contra o comando millitar do país, e acabou exilado para a Bielorrússia.

Ele  morreu após a queda de um jato particular na região de Tver, na Rússia. Além do líder mercenário, outras nove pessoas estavam a bordo da aeronave, que partiu de Moscou rumo a São Petersburgo. A informação foi confirmada pelo Ministério de Situações de Emergência russo.

No entanto, antes de ficar famoso por desafiar o chefe do Kremlin, Prigozhin era amigo próximo de Putin; já vendeu cachorro-quente, foi dono de restaurantes e figurava na lista de procurados pelo FBI, a polícia federal dos Estados Unidos.

Prigozhin era o líder do Grupo Wagner, um exército de mercenários que foi empregado em diversas guerras, inclusive na atual invasão do território ucraniano pela Rússia (saiba mais sobre o grupo abaixo).

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Prigozhin é líder do Grupo Wagner
Os membros do Grupo Wagner também não serão punidos pelo ataque
Grupo Wagner toma cidade russa de Rostov com tanques e rebeldes armados
Grupo Wagner toma cidade russa de Rostov com tanques e rebeldes armados
Militares do Grupo Wagner se preparam para partir da sede do Distrito Militar do Sul e retornar à sua base em Rostov-on-Don na Rússia
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Líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin

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Prigozhin é líder do Grupo Wagner

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Os membros do Grupo Wagner também não serão punidos pelo ataque

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Grupo Wagner toma cidade russa de Rostov com tanques e rebeldes armados

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Grupo Wagner toma cidade russa de Rostov com tanques e rebeldes armados

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Militares do Grupo Wagner se preparam para partir da sede do Distrito Militar do Sul e retornar à sua base em Rostov-on-Don na Rússia

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Militares do Grupo Wagner se preparam para partir da sede do Distrito Militar do Sul e retornar à sua base em Rostov-on-Don na Rússia

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O líder do Grupo Wagner ameaçou invandir o Ministério da Defesa da Rússia, em Moscou

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Yevgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner

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Yevgeny Prigozhin, chefe do Grpo Wagner, é procurado pelo FBI

Envolvimento com políticos e espiões

Nascido em São Petersburgo, mesma cidade natal de Putin, Prigozhin perdeu o pai cedo e, após praticar alguns assaltos no fim de 1980, acabou condenado a 13 anos de prisão.

Segundo o jornal The Guardian, depois de solto, ele comandou um pequeno negócio de cachorro-quente e cresceu no ramo empresarial, tendo participação em uma rede de supermercados. Em 1995, abriu restaurantes com sócios.

Foi em um desses restaurantes que Prigozhin se aproximou de políticos russos e espiões da KGB, principal organização de serviços secretos durante o período soviético. A partir de então, ele trilhou uma carreira meteórica no governo da Rússia, culminando com a criação do Grupo Wagner, em 2014.

De acordo com a BBC, Prigozhin usou o conhecimento das prisões da Rússia para recrutar mercenários, sem se importar com a gravidade dos crimes cometidos.

Motim contra Putin

Inicialmente, a empresa paramilitar contratada pelo Kremlin atuou ao lado da Rússia na guerra contra a Ucrânia, mas se rebelou depois que Prigozhin acusou o exército de Putin de lançar um ataque com foguetes que matou dezenas de combatentes do Grupo Wagner.

Em abril, ele já havia criado mal-estar com o líder russo ao defender o fim da guerra da Ucrânia.

Em uma escalada na rivalidade entre Prigozhin e comandantes militares russos, o líder mercenário afirmou que as forças dele marchariam sobre Rostov. Foi o que aconteceu em junho.

Além do papel de Prigozhin na Guerra da Ucrânia, a crueldade e a violência nos campos de batalha fizeram com que o FBI prometesse a recompensa de US$ 250 mil a quem der informações sobre o líder do Grupo Wagner.

Segundo o The Guardian, ele é movido pela crença de que luta contra as elites corruptas. Prigozhin também é conhecido por executar desertores. O líder mercenário promove uma cultura de medo e utiliza uma ferramenta como símbolo de terror e tortura: o martelo.

Ao longo dos últimos anos, os mercenários que provocaram uma crise no Kremlin, acumulam acusações de extermínio, estupros coletivos e tortura. O primeiro registro de ataque a “marteladas” foi em 2017, quando um soldado do exército do governo, liderado por Bashar Al-Assad, foi torturado.

Em 2022, novas denúncias apareceram quando vazaram imagens da agressão a um integrante da milícia, que tentou deixar o grupo e acabou espancado com a mesma marreta usada na Síria.

O grupo Wagner

Surgido em 2014, o Grupo Wagner é uma companhia privada de mercenários que atuam em guerras pelo mundo. Desde o ano de fundação, a milícia está presente na península ucraniana da Crimeia e chegou a ajudar forças separatistas apoiadas pela Rússia a tomar a região.

Depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 2022, o governo russo contou com a ajuda do grupo para avançar nas batalhas contra o exército de Volodymyr Zelensky, como nos embates das cidades de Bakhmut e Soledar.

Quem integra o grupo?

Acredita-se que o grupo paramilitar seja composto principalmente por ex-soldados de elite do exército russo, além de prisioneiros e civis do país de Putin. Em um vídeo que circula na internet desde setembro de 2022 mostra o líder do Wagner, Yevgeny Prigozhin, no pátio de uma prisão russa.

Ele fala com uma multidão de condenados e promete que, se eles atuarem na Ucrânia por seis meses, suas sentenças seriam alteradas. Estima-se que o Grupo Wagner tenha até 20 mil soldados lutando na Ucrânia.

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