Sabia que houve um alerta de asteroide contra a Terra em julho?
Mas foi um alerta falso. Na verdade, o “asteroide” era uma nave espacial europeia que está indo investigar as luas de Júpiter
atualizado
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Sistemas de defesa espacial da Terra brilharam em alerta em julho deste ano: um objeto estava se aproximando do nosso planeta. Seria um asteroide com quase 46 metros em plena rota terrestre.
Os cientistas observaram atentamente e viram o objeto fazer uma curva segura em torno da Terra e da Lua. E chegaram a duas conclusões: a primeira é que estávamos seguros. A segunda é que o corpo celestre era, na verdade, uma nave espacial.
Tratava-se, na verdade da Jupiter Icy Moons Explorer (Juice), da Agência Espacial Europeia (ESA). A missão saiu do nosso planeta em 14 de abril e deve chegar a Júpiter, para analisar o gigante e suas luas, em julho de 2031.
O alarme que detectou o suposto asteroide é automático e só foi acionado porque era um objeto grande demais para estar próximo da Terra. Somente depois de uma análise mais detalhada é que os pesquisadores perceberam a diferença.
Alerta por causa do brilho e do tamanho
Os astrônomos definem o tamanho desse tipo de objeto de acordo com o brilho deles. Normalmente feito de rochas escuras, eles precisam ser grandes o suficientes para refletir a luz do Sol.
“Devido à refletividade muito maior dos grandes painéis solares do Juice, seu brilho era semelhante ao de um asteroide muito maior”, explicou a ESA em um comunicado.
Há sistemas de defesa no caso de um asteroide vir em direção ao planeta, mas eles não são divulgados. A Nasa já usou um deles em 2022, diante de um corpo de 160 metros de comprimento, com sucesso, mas somente como teste: o asteroide Dimorphos não estava em rota de colisão.
A ESA, por outro lado, nos tranquiliza: não há expectativa de corpos prontos para colidir com a Terra no próximo século.