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Russos avançam sobre Kiev; países enviam armas e dinheiro para Ucrânia

República Tcheca, Polônia, França, EUA e Holanda anunciaram apoio. Terceiro dia de bombardeio tem áreas urbanas atingidas por mísseis

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Russiaâs military intervention in Ukraine continues
1 de 1 Russiaâs military intervention in Ukraine continues - Foto: Aytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images

Os confrontos em Kiev atingiram o mais alto nível de tensão. Rússia e Ucrânia disputam o controle da capital, coração do poder, enquanto a comunidade internacional envia armas e dinheiro na tentativa de fortalecer as tropas ucranianas. Desde a madrugada deste sábado (26/2), horário de Brasília, Kiev sofre ataques russos. Ao todo, três milhões de pessoas vivem na cidade.

Mísseis foram disparados até mesmo em áreas urbanas, o que antes estava restrito a bases militares ucranianas. As sirenes de alerta voltaram a tocar.

Enquanto isso, pelo menos cinco países divulgaram apoio material. República Tcheca, Polônia, França, Estados Unidos e Holanda se comprometeram a enviar armas, material de defesa e dinheiro, mesmo sem ordenar ajuda militar direta para os confrontos.

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Bombeiros trabalham em um prédio de apartamentos danificado em Kiev, atingido por um recente bombardeio durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022. Sirenes soaram na capital ucraniana na manhã de sábado, após relatos de tropas russas confrontos com as forças ucranianas nas ruas de Kiev durante a noite
Uma vista de uma estrada danificada no bairro de Zhuliany, em Kiev, que foi atingida por um recente bombardeio durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022. Sirenes soaram na capital ucraniana na manhã de sábado, após relatos de russos tropas em confronto com as forças ucranianas nas ruas de Kiev durante a noite
Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua
Pessoas compram em um mercado enquanto sirenes soaram e explosões foram ouvidas na capital ucraniana Kiev em 26 de fevereiro de 2022
Um operador de guindaste move suprimentos médicos para um caminhão para ser enviado para a Ucrânia na Base Aérea de Torrejon de Ardoz em 26 de fevereiro de 2022, em Madri, Espanha. Este material será o primeiro carregamento, da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), de ajuda humanitária à Ucrânia depois de ter sido atacada pela Rússia na madrugada de 24 de fevereiro. O Ministério da Saúde da Ucrânia informou hoje, sábado, 26 de fevereiro, a morte de 198 pessoas, incluindo três crianças, desde o início da invasão russa na madrugada de 24 de fevereiro. Várias explosões abalaram a capital ucraniana Kiev na madrugada da manhã de sábado, e os confrontos estão ocorrendo na área de Beresteiska, perto da conhecida Praça Maidan, e em uma usina termelétrica em Troieschyna, no outro extremo da cidade
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Forças de segurança ucranianas detêm um suspeito na capital ucraniana, Kiev, enquanto o ataque militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022

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Bombeiros trabalham em um prédio de apartamentos danificado em Kiev, atingido por um recente bombardeio durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022. Sirenes soaram na capital ucraniana na manhã de sábado, após relatos de tropas russas confrontos com as forças ucranianas nas ruas de Kiev durante a noite

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Uma vista de uma estrada danificada no bairro de Zhuliany, em Kiev, que foi atingida por um recente bombardeio durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022. Sirenes soaram na capital ucraniana na manhã de sábado, após relatos de russos tropas em confronto com as forças ucranianas nas ruas de Kiev durante a noite

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Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua

Foto de Wolfgang Schwan/Agência Anadolu via Getty Images
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Pessoas compram em um mercado enquanto sirenes soaram e explosões foram ouvidas na capital ucraniana Kiev em 26 de fevereiro de 2022

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Um operador de guindaste move suprimentos médicos para um caminhão para ser enviado para a Ucrânia na Base Aérea de Torrejon de Ardoz em 26 de fevereiro de 2022, em Madri, Espanha. Este material será o primeiro carregamento, da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), de ajuda humanitária à Ucrânia depois de ter sido atacada pela Rússia na madrugada de 24 de fevereiro. O Ministério da Saúde da Ucrânia informou hoje, sábado, 26 de fevereiro, a morte de 198 pessoas, incluindo três crianças, desde o início da invasão russa na madrugada de 24 de fevereiro. Várias explosões abalaram a capital ucraniana Kiev na madrugada da manhã de sábado, e os confrontos estão ocorrendo na área de Beresteiska, perto da conhecida Praça Maidan, e em uma usina termelétrica em Troieschyna, no outro extremo da cidade

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Um soldado verifica veículos em Zhuliany neghorhood de Kiev durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022. Sirenes soaram na capital ucraniana na manhã de sábado após relatos de tropas russas em confronto com forças ucranianas nas ruas de Kiev Durante a noite

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Uma visão geral da cidade em 26 de fevereiro de 2022 em Kiev, Ucrânia. Explosões e tiros foram relatados em torno de Kiev na segunda noite da invasão da Ucrânia pela Rússia, que matou dezenas e provocou ampla condenação de líderes americanos e europeus

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A fumaça é vista subindo dos edifícios em 26 de fevereiro de 2022 em Kiev, Ucrânia. Explosões e tiros foram relatados em torno de Kiev na segunda noite da invasão da Ucrânia pela Rússia, que matou dezenas e provocou ampla condenação de líderes americanos e europeus

Pierre Crom/Getty Images

República Tcheca, Polônia, França, Estados Unidos, Holanda, Alemanha e Bélgica concordaram em enviar ajuda estrutural de armas e dinheiro, apesar de não ordenarem apoio militar para os confrontos.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, anunciou o envio de US$ 350 milhões (R$ 1,8 bilhão) em assistência militar à Ucrânia .

“Este pacote incluirá mais assistência defensiva letal para ajudar a abordar as ameaças blindadas, aéreas e de outro tipo que a Ucrânia enfrenta atualmente”, declarou Blinken, em um comunicado.

A ministra da Defesa da República Tcheca, Jana Černochová, anunciou, neste sábado, que o país vai mandar US$ 188 milhões em armamentos para a Ucrânia. Segundo Černochová, serão enviados metralhadoras, rifles de precisão, revólveres e munição ao país.

O ministro de Defesa da Polônia, Mariusz błaszczak, enviou ajuda militar para a Ucrânia. Foi o primeiro país a disponibilizar esse tipo de apoio. “O comboio com a munição que entregamos à Ucrânia já chegou aos nossos vizinhos. Apoiamos os ucranianos, somos solidários e nos opomos firmemente à agressão russa”, assinalou o ministro.

O presidente da França, Emmanuel Macron, confirmou ao presidente ucraniano que enviará armas e equipamentos para ajudar no combate à invasão.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Bélgica vai enviar 300 soldados para a Romênia, um dos países que fazem fronteira com a Ucrânia. Os belgas também estão enviando 2 mil metralhadoras e 3,8 mil toneladas de combustível. A Alemanha negocia o envio de mísseis para os ucranianos.

Por fim, o exército holandês pontuou que enviará suporte ao governo ucraniano com material de defesa antiaérea. A proteção é usada contra alvos de grande, média e baixa altitudes.

Na madrugada

Um foguete disparado pela Rússia atingiu um prédio de Kiev, deixando três feridos. A capital amanheceu sob nuvens de fumaça escura após sucessivos ataques.

Veja os vídeos:

O bombardeio russo começou na quinta-feira (24/2). Em três dias, ao menos 198 pessoas morreram nos confrontos, segundo o governo ucraniano. Outras 1.115 ficaram feridas.

O prefeito da cidade de Kiev, Vitaly Klitschko, ampliou o toque de recolher — agora a restrição é das 17h às 8h. A orientação é que as pessoas fiquem em casa. A população foi orientada a montar coquetéis molotov e 18 mil fuzis foram distribuídos a civis (foto em destaque).

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu que não irá se render e que reagirá aos ataques russos. Ele garante que as tropas dele têm resistido e que “repeliu” ataques.

“Estou aqui. Não abaixaremos nossas armas. Vamos defender nosso Estado, porque nossas armas são nossa verdade, e nossa verdade é que esta é nossa terra, nosso país, nossas crianças – e nós vamos defender tudo isso”, afirmou em um vídeo.

Mapa ilustra onde o país está sendo atacado

Mapa ilustra onde o país está sendo atacado

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