Rússia ultrapassa Irã e Síria e torna-se país com mais sanções
Governo, pessoas e empresas russas são alvos de 5.530 sanções econômicas ao todo. Número mais que dobrou desde o início da guerra na Ucrânia
atualizado
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Como consequência da invasão à Ucrânia, a Rússia se tornou o país do mundo sobre o qual mais pesam sanções econômicas, que podem ser impostas a pessoas, empresas, autoridades ou ao governo em si.
Desde o dia 22 de fevereiro, quando reconheceu a independência das províncias separatistas de Donetsk e Luhansk, o país de Vladimir Putin foi alvo de 2.778 sanções, vindas principalmente de Europa, América do Norte e Japão. Os dados são da plataforma Castellum.AI, que reúne dados atualizados das sanções em vigor no mundo.
A Rússia já era alvo de 2.754 punições antes da crise atual, fruto principalmente de invasões anteriores, como a da Crimeia em 2014, e da tentativa de interferência nas eleições norte-americanas. Agora, o país, seus cidadãos e empresas enfrentam 5.530 sanções econômicas ao todo.
Antes da guerra, porém, a Rússia estava bem atrás do Irã em número de sanções. O agora “vice” é alvo de punições econômicas sobretudo por causa de seu programa nuclear.
Em seguida aparecem Síria, Coreia do Norte, Venezuela, Mianmar e Cuba como os “campeões” de sanções impostas por outros países.
Veja as informações do Castellum.AI em gráfico. A parte mais clara da coluna da Rússia mostra as sanções impostas desde 22 de fevereiro deste ano.
A nação que mais impõe sanções aos russos é a Suíça, com 568. Toda a União Europeia mantém outras 518 sanções e a França, individualmente, outras 512. Os EUA têm 243 sanções ativas contra os russos.
Guerra entra no 13º dia
Nesta terça-feira (8/3), após impasses desde o fim de semana, as forças russas informam ter iniciado um cessar-fogo às 10h da manhã no horário local (5h em Brasília) para que civis possam deixar áreas de Kiev, Cherhihiv, Sumy, Kharkiv e Mariupol.
A Rússia parece recuar em sua ofensiva no momento em que as sanções se intensificam e as potências ocidentais se preparam para impor um boicote ao petróleo do país de Putin, que é o segundo maior exportador mundial.