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Rússia ameaça Suécia após aprovação do país nórdico na Otan

Após a Suécia superar o último obstáculo que barrava sua adesão na Otan, Rússia prometeu medidas retaliatórias contra o país nórdico

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1 de 1 Imagem colorida mostra Putin, presidente da Rússia, usando casaco G20 - Metrópoles - Foto: Contributor/Getty Images

Em tom de ameaça, a Rússia afirmou que vai monitorar “de perto” a entrada da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e prometeu tomar medidas de retaliação contra o país vizinho.

“Da nossa parte, monitoraremos de perto o que a Suécia fará no bloco militar agressivo [Otan], como implementará a sua adesão na prática, e, consequentemente, a partir disso, construiremos nossa resposta com medidas retaliatórias de natureza técnico-militar e outras”, declarou Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

A ameaça do Kremlin acontece dois dias após a Suécia superar o último obstáculo que barrava sua adesão na aliança militar liderada pelos Estados Unidos.

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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial
Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido
Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria
A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros
A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia
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Divulgação/Otan
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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial

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Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido

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Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria

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A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros

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A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia

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O período de bipolaridade entre EUA e URSS dividiu o mundo. Os dois países e seus respectivos aliados mantinham-se em alerta para eventuais ataques bélicos

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A Otan investiu em tecnologia de defesa, na produção de armas estratégicas e também espalhou pelas fronteiras soviéticas sistemas de defesa antimísseis

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Na fase final da Guerra Fria, a organização passou a assumir novos papéis. Em 1990, sob ordem do Conselho de Segurança da ONU, a Otan interveio no conflito da ex-Iugoslávia. Foi a primeira vez que agiu em território de um Estado não membro

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Em 2001, a Otan anunciou a aplicação do princípio da segurança coletiva: um ataque feito a um país membro seria um ataque contra todos os demais

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Como os ataques terroristas ocorridos em setembro de 2001 foram considerados atos de guerra pelo governo norte-americano, a cláusula foi acionada. Por esse motivo, a organização participou da invasão ao Afeganistão

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Além de ver o terrorismo como nova ameaça, a Otan colaborou com operações de paz e realizou ajuda humanitária, como aos sobreviventes do furacão Katrina, em 2005

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Soldados da Otan também realizaram operações militares em zonas conflituosas do mundo, como o Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África

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Atualmente, a aliança é composta por 32 países, localizados principalmente na Europa

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Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia são os três países classificados como “membros aspirantes” à organização. Porém, para a Rússia, a perspectiva da antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável

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Na última segunda-feira (26/2), o Parlamento da Hungria aprovou a inclusão dos suecos por 188 votos a 6. A decisão acontece quase dois anos após o governo da Suécia apresentar a candidatura para a entrada no bloco, com a Finlândia, em 2022.

Apesar da dupla candidatura, impasses diplomáticos fizeram com que o sinal verde para o ingresso da Suécia na Otan acontecesse quase um ano depois de a Finlândia ser aceita na aliança.

Além da Hungria, a Turquia foi um país que, durante algum tempo, dificultou a entrada da Suécia na aliança.

Segundo Ancara, Estocolmo não cumpria acordos previamente firmados para a ratificação da candidatura, principalmente o combate a grupos considerados terroristas pelo governo de Recep Tayyip Erdogan, entre eles organizações curdas que lutam pela independência do território autônomo de Rojava.

A aprovação do Parlamento turco aconteceu apenas em janeiro deste ano.

Rússia cercada

Com a nova expansão da Otan, a aliança militar conta agora com 32 membros e deixa o território russo em uma situação delicada.

Agora, o país liderado por Vladimir Putin se vê quase totalmente cercado pelo bloco. Apenas 8, dos 14 países que fazem fronteira com a Rússia, não integram a Otan. A principal concentração de membros da aliança está localizada no noroeste, com a Finlândia, Estônia, Letônia, e Noruega (que faz fronteira com os russos no Ártico).

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