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Rússia propõe trocar 500 prisioneiros ucranianos por soldados reféns

A comissária de Direitos Humanos do governo russo, Tatyana Moskalkova, confirmou a intenção, segundo agências de notícias

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Pessoa sendo retirada de dentro de um prédio em chamas
1 de 1 Pessoa sendo retirada de dentro de um prédio em chamas - Foto: Anadolu Agency /Getty Images

O governo russo propôs trocar 500 ucranianos capturados na guerra por soldados russos feitos reféns. O Exército da Rússia entrou em contato com a Cruz Vermelha para fazer a proposta.

Segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (21/3) pela agência de notícias russa Interfax, a comissária de Direitos Humanos do governo russo, Tatyana Moskalkova, confirmou a intenção.

Tatyana afirmou que a Rússia “está preparada para trocar os ucranianos por soldados russos que foram capturados pelas forças da Ucrânia”.

Sequestro

O Exército russo teria sequestrado um grupo de quatro jornalistas na cidade de Melitopol, que está sob domínio das tropas da Rússia no momento.

As informações foram divulgadas pela agência de notícias Interfax nesta segunda-feira (21/3). A Rússia não comentou o caso.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

“Hoje, homens armados chegaram à casa dos jornalistas da MV-Holding e os levaram em uma direção desconhecida”, afirmou o sindicato dos jornalistas do país, conforme agências internacionais.

O editor Mykhailo Kumok, a editora de produção Yevhenia Borian e as repórteres Yulia Olkhovska e Liubov Chaika estariam sob o poder dos militares russos.

Impactos da guerra

O ministro da Defesa ucraniano, Oleskii Reznikov, apresentou balanço da destruição que a guerra provocou no país desde o início do conflito, em 24 de fevereiro.

Nesta segunda-feira, Reznikov afirmou que o Exército russo destruiu 400 escolas e 110 hospitais. A guerra chegou ao 26º dia.

Além disso, mais de 150 crianças morreram durante o conflito no Leste Europeu. “Eles estão cometendo um ato real de genocídio na Ucrânia”, frisou.

Durante o mesmo evento, o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, defendeu a Ucrânia e pediu para que o presidente russo, Vladimir Putin, admitisse estar errado e deixasse o país.

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