1 de 1 Presidente da Rússia Putin veste terno azul. Ele está olhando sério-Metrópoles
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O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o país não deseja uma guerra contra a Ucrânia, mas que é necessário reforçar a importância de promover a discussão entre as nações europeias sobre os mecanismos usados para garantir a proteção de todos. “Nós estamos prontos para discutir essas ideias sobre a segurança da Europa, já que fomos nós que a sugerimos em primeiro lugar.”
A declaração foi feita nesta terça-feira (15/2), durante coletiva de imprensa ao lado do chanceler alemão Olaf Scholz. A visita de Scholz à Rússia engloba a tentativa de atenuar, por esforços diplomáticos, a tensão entre Rússia e Ucrânia.
“É o nosso dever, como chefes de Estado, fazer o possível para impedir uma guerra e aumento de tensões na Europa”, pontuou. Para o líder alemão, ainda existem saídas pacíficas para o conflito.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que pode desencadear um conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível guerra
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
O pronunciamento de Putin seguiu a demanda de que os países europeus, os Estados Unidos e a Otan atentem às suas propostas. A principal delas é a não inclusão da Ucrânia na organização, pois a Rússia é contra o avanço de militares de países ocidentais no Leste europeu.
“É claro que cada país deve escolher livremente como garantir sua proteção. Mas, como já dissemos muitas vezes, não devemos reforçar a nossa segurança se isso significa tirá-la de os outros países”, destacou.
Em resposta a jornalistas, o líder russo diz que Moscou continua aberta a negociações, “de forma que o resultado deve ser um acordo para garantir a igualdade de segurança de todos, incluindo nosso país”.