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Rússia mobilizou forças nucleares para região báltica, acusa Lituânia

A movimentação ocorre após ameaça russa em represália ao possível ingresso da Finlândia e da Suécia na Otan

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Russian Defence MinistryTASS via Getty Images
KAMCHATKA TERRITORY, RUSSIA - FEBRUARY 19, 2022: A test launch of an RS-24 Yars intercontinental ballistic missile takes place at the Plesetsk Cosmodrome to hit a Kura range target. Russian Defence Ministry/TASS VIDEO SCREEN GRAB. BEST QUALITY AVAILABLE. THIS STILL IMAGE WAS PROVIDED 19 February 2022 BY A THIRD PARTY. EDITORIAL USE ONLY (Photo by Russian Defence MinistryTASS via Getty Images)
1 de 1 KAMCHATKA TERRITORY, RUSSIA - FEBRUARY 19, 2022: A test launch of an RS-24 Yars intercontinental ballistic missile takes place at the Plesetsk Cosmodrome to hit a Kura range target. Russian Defence Ministry/TASS VIDEO SCREEN GRAB. BEST QUALITY AVAILABLE. THIS STILL IMAGE WAS PROVIDED 19 February 2022 BY A THIRD PARTY. EDITORIAL USE ONLY (Photo by Russian Defence MinistryTASS via Getty Images) - Foto: Russian Defence MinistryTASS via Getty Images

O exército russo teria dado início, segundo o ministro da Defesa da Lituânia, Arvydas Anusauskas, à mobilização de forças nucleares para a região báltica, onde estão a Estônia, a Letônia e a Lituânia. A movimentação ocorre após ameaça russa em represália ao possível ingresso da Finlândia e da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Na tarde desta quinta-feira (14/4), Anusauskas foi categórico. “A Rússia já possui armas nucleares na região do Báltico”, comunicou.

Ele detalhou que o armamento já foi enviado pela Rússia ao enclave russo de Kaliningrado, no mar Báltico, antes mesmo do início da guerra da Ucrânia, em 24 de fevereiro. O local fica entre a Lituânia e a Polônia, dois membros da Otan.

“As atuais ameaças da Rússia parecem um pouco estranhas, porque sabemos que, mesmo sem a atual situação de segurança, eles mantêm uma arma a 100 quilômetros da fronteira da Lituânia”, frisou.

Antes, o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev – um dos mais próximos interlocutores do presidente Vladimir Putin –, fez o alerta. “Não se poderá falar mais de um Báltico livre de armas nucleares, o equilíbrio tem de ser reposto”, resumiu.

“Até hoje, a Rússia não tomou tais medidas e não iria. Mas, se nossa mão for forçada… Tome nota de que não fomos nós que propusemos isso”. Medvedev foi presidente da Rússia entre 2008 a 2012.

Uma cúpula da Otan está prevista para 29 e 30 de junho em Madri, na Espanha. Analistas acreditam que a candidatura da Finlândia será anunciada até lá.

 

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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial
Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido
Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria
A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros
A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia
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Divulgação/Otan
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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial

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Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido

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Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria

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A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros

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A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia

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O período de bipolaridade entre EUA e URSS dividiu o mundo. Os dois países e seus respectivos aliados mantinham-se em alerta para eventuais ataques bélicos

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A Otan investiu em tecnologia de defesa, na produção de armas estratégicas e também espalhou pelas fronteiras soviéticas sistemas de defesa antimísseis

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Na fase final da Guerra Fria, a organização passou a assumir novos papéis. Em 1990, sob ordem do Conselho de Segurança da ONU, a Otan interveio no conflito da ex-Iugoslávia. Foi a primeira vez que agiu em território de um Estado não membro

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Em 2001, a Otan anunciou a aplicação do princípio da segurança coletiva: um ataque feito a um país membro seria um ataque contra todos os demais

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Como os ataques terroristas ocorridos em setembro de 2001 foram considerados atos de guerra pelo governo norte-americano, a cláusula foi acionada. Por esse motivo, a organização participou da invasão ao Afeganistão

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Além de ver o terrorismo como nova ameaça, a Otan colaborou com operações de paz e realizou ajuda humanitária, como aos sobreviventes do furacão Katrina, em 2005

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Soldados da Otan também realizaram operações militares em zonas conflituosas do mundo, como o Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África

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Atualmente, a aliança é composta por 32 países, localizados principalmente na Europa

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Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia são os três países classificados como “membros aspirantes” à organização. Porém, para a Rússia, a perspectiva da antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável

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