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Rússia mantém tropa em Belarus e intensifica medo de invasão à Ucrânia

Governo de Vladimir Putin confirmou continuidade de tropas em região dominada desde 2014 por separatistas apoiados pelo Kremlin

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1 de 1 vladimir-putin1 - Foto: afp

O governo do presidente da Rússia, Vladimir Putin, decidiu neste domingo (20/2) manter 30 mil soldados e equipamentos militares em Belarus e intensificou o temor de invasão à Ucrânia.

Em um comunicado divulgado pelo exército de Belarus no Telegram, o ministro da Defesa, Viktor Khrenin, disse que “os resultados preliminares do exercício conjunto ‘Allied Resolve-2022’, conduzidos como parte de uma checagem de forças da união, foram concluídos”.

No entanto, segundo o comunicado, a operação vai continuar na região, que é dominada desde 2014 por separatistas apoiados pelo Kremlin e registrou um domingo de explosões misteriosas e troca de tiros na linha de frente com as forças de Kiev.

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
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Bandeira da Rússia

Kutay TanirGetty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Putin reconheceu oficialmente a independência de duas regiões da Ucrânia controladas por separatistas pró-Rússia. Poucas horas depois, anunciou o envio de soldados para Donetsk e Luhansk, com a suposta missão de pacificar a área

Alexei NikolskyTASS via Getty Images)
“Agravamento da situação”

“Em conexão com o aumento da atividade militar perto das fronteiras de Rússia e Belarus e o agravamento da situação em Donbas, os presidentes de Belarus e da Rússia decidiram continuar checando as forças de resposta”, afirmou o comunicado.

A decisão de estender a operação foi tomada devido à atividade militar perto das fronteiras da Rússia e da Belarus e uma escalada da tensão na região de Donbass, no leste da Ucrânia, de acordo com o ministro da Defesa.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) confirmou que a Rússia tem até 30 mil soldados na Belarus e pode usá-los como parte de uma força de invasão para atacar a Ucrânia, que fica ao sul do país. No entanto, Moscou negou tal intenção. Já o Kremlin não comentou os exercícios na Belarus.

Sem entrar em detalhes, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que as repetidas advertências do Ocidente de que a Rússia está prestes a invadir a Ucrânia são provocações e podem ter consequências adversas.

Tensões

A Rússia e seus aliados apontam que a Ucrânia e o Ocidente intensificam as tensões ao enviar reforços da Otan para a Europa Oriental.

Os países ocidentais ameaçam realizar sanções que, segundo eles, seriam de amplo alcance contra empresas e indivíduos russos em caso de invasão.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou em uma entrevista transmitida pela BBC neste domingo que tais sanções “atingiriam muito, muito duramente” e poderiam incluir restrições ao acesso de empresas russas ao dólar e à libra.

Boris Jonhson reconheceu, contudo, que as ameaças podem ser insuficientes para deter Moscou.

“Desastre à frente”

“Temos que aceitar no momento em que [o presidente russo] Vladimir Putin está possivelmente pensando de forma ilógica sobre isso e não vê o desastre à frente”, afirmou o primeiro-ministro.

Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, indicou que a Europa estaria dividida acerca de como reagir a uma possível incursão militar reduzida.

Os mecanismos do conflito estão se agravando a cada hora, assim como ocorreu nos preparativos para a Primeira Guerra Mundial, em 1914, disparados por um assassinato político do herdeiro do trono austro-húngaro.

Naquela época, da mesma maneira que agora, havia defensores de que a lógica iria prevalecer e a guerra seria impossível pelos danos financeiros que fariam ao agressor inicial, no caso a Alemanha imperial.

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