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Rússia lança ataque de grande escala com mísseis em toda a Ucrânia

Ataque da Rússia aconteceu nesta segunda-feira (8/1). De acordo com autoridades da Ucrânia, três mortes foram confirmadas até agora

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Ataque da Rússia a cidades da Ucrânia
1 de 1 Ataque da Rússia a cidades da Ucrânia - Foto: Reproduçao/X

As autoridades da Ucrânia confirmaram que o país estava sob várias ondas de ameaças de mísseis de cruzeiro e acusaram a Rússia. O número de mortos chega a pelo menos três, segundo o governo ucraniano e relatos da mídia.

“O inimigo está atacando violentamente cidades pacíficas”, escreveu Oleksandr Vilkul, prefeito da cidade de Kryvyi Rih, no sul da Ucrânia, no Telegram. Segundo ele, 15 mil moradores estavam sem energia e o transporte elétrico na cidade não funcionava.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Também no Telegram, Anatoliy Kurtiev, secretário do conselho municipal do sudeste de Zaporizhzhia, confirmou ataques à cidade, com “alguns feridos”. Na mesma plataforma, o prefeito de Kharkiv, Ihor Terekhovdisse, apontou que pelo menos uma mulher ficou ferida. Ele disse que instalações industriais foram atingidas, resultando em um incêndio.

Os governos de cidades como Zaporizhzhia, Dnipropetrovsk e Khmelnytskyi, também afirmaram que as regiões estavam sob um “ataque massivo de mísseis”.

“O inimigo louco mais uma vez atacou civis”, escreveu o governador local Serhiy Lysak no aplicativo de mensagens Telegram, alegando que Moscou “dirigiu mísseis contra as pessoas”.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kubela, disse: “O inimigo disparou dezenas de mísseis contra cidades e vilarejos”, confirmando pelo menos 33 feridos em todo o país, que sofre ainda com temperaturas entre -11°C e -20°C.

A deputada Inna Sovsun postou em sua conta no X imagens da destruição. Veja:

Cidade da Rússia deve ter evacuação

Temendo retaliação, as autoridades locais da cidade russa de Belgorod dizem ter recebido “1.300 pedidos” para evacuar crianças para campos escolares fora da cidade, segundo o governador regional Vyacheslav Gladkov. Ele disse que já havia estabelecido contato com seus colegas nas regiões próximas de Voronezh, Kaluga, Tambov e Yaroslavl.

Belgorod, localizada perto da fronteira com a Ucrânia, tem sido alvo de crescentes ataques ucranianos nas últimas semanas. Na manhã de segunda-feira, o Ministério da Defesa russo disse que as suas forças tinham “interceptado” um míssil ucraniano S-200 “acima da região de Belgorod”.

Num outro sinal de crescente preocupação na região fronteiriça, as autoridades locais também adiaram o regresso das crianças à escola, previsto para 9 de janeiro, para 19 de janeiro.

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