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Rússia irá à cúpula dos Brics mesmo após mandado de prisão contra Putin

Sede da próxima reunião dos Brics, a África do Sul teria obrigação de cumprir mandado de prisão contra Putin por seguir Tribunal de Haia

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Mikhail Svetlov/Getty Images
Russian President Vladimir Putin attends the Russia-Africa Summit in Sochi
1 de 1 Russian President Vladimir Putin attends the Russia-Africa Summit in Sochi - Foto: Mikhail Svetlov/Getty Images

O mandado de prisão emitido pelo Tribunal de Haia contra Vladimir Putin não vai atrapalhar a participação da Rússia na próxima cúpula dos Brics, garantiu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta terça-feira (30/5).

“A Rússia participará desta cúpula em um nível adequado”, garantiu Peskov ao ser questionado se Putin participará da reunião entre os países membros do Brics em agosto. O porta-voz disse que “todos os detalhes” sobre a presença do país na reunião serão dados em breve.

Desde que o Tribunal de Haia emitiu um mandado de prisão contra o presidente russo, em março deste ano, a participação de Putin na cúpula ganhou um ar de incerteza e gerou um problema diplomático para a África do Sul, sede do encontro.

Por seguir a jurisdição da Corte, o país teria como obrigação cumprir o mandado de prisão emitido contra Vladimir Putin caso o líder russo compareça ao evento.

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Contudo, apesar da pressão da oposição na África do Sul, o governo de Cyril Ramaphosa já deu sinais de que a reunião não será um problema para o líder russo.

A chefe da diplomacia sul-africana, Naledi Pandor, confirmou que o presidente russo foi convidado para a reunião dos Brics em agosto. Além de enfatizar os laços entre África do Sul e Rússia, a diplomata afirmou que os dois países não podem “se tornar inimigos repentinos a pedido de outros”.

“Alguns não desejam que tenhamos relações com um velho amigo histórico. Deixamos claro que a Rússia é um amigo e temos parcerias cooperativas há muitos e muitos anos”, disse.

Além das declarações, a África do Sul possuí um histórico recente de não cumprimento das ordens da corte internacional. Em 2015, o país não prendeu o ex-ditador do Sudão, Omar Al-Bashir, indiciado pelo Tribunal de Haia por genocídio e crimes de guerra, durante um evento realizado em Joanesburgo.

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