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Rússia interrompe entrega de gás para Polônia e Bulgária

Medida é retaliação de Moscou à negativa dos países em pagar pela energia em rublos e ao apoio à Ucrânia na guerra

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Sergei Karpukhin /Getty Images
Vladimir Putin, presidente russo. Ele usa terno e gravata e olha seriamente para a frente- Metrópoles
1 de 1 Vladimir Putin, presidente russo. Ele usa terno e gravata e olha seriamente para a frente- Metrópoles - Foto: Sergei Karpukhin /Getty Images

Polônia e Bulgária foram informadas pela companhia estatal russa Gazprom que seu fornecimento de gás natural russo seria interrompido a partir desta quarta-feira (27/4). Os dois países, assim como outros da União Europeia, recusaram-se a pagar pelo gás natural em rublos, uma exigência de Moscou para estabilizar e impulsionar sua moeda diante das sanções do Ocidente.

Além disso, a Polônia tem oferecido grande apoio à Ucrânia – é a nação que acolheu o maior número de refugiados da guerra, serve de rota de transporte para armas enviadas por países do Ocidente à Ucrânia e, nesta semana, confirmou que enviará tanques para Kiev.

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No total, mais de 300 grandes marcas com presença significativa no país anunciaram o boicote, de acordo com um inventário atualizado da Universidade de Yale. Cerca de 30 multinacionais ainda estão na Rússia
Apple: a marca anunciou a suspensão da venda de Iphones. Aplicativos como Apple Pay e outros serviços foram limitados. Os usuários ainda conseguem acesso à loja online, porém os aparelhos e acessórios não estão disponíveis para entrega
Nike: a empresa esportiva fechou temporariamente todas as lojas físicas espalhadas pelo país. As mercadorias também ficaram indisponíveis pelo site e aplicativo da marca
McDonald’s: a gigante do fast food suspendeu as atividades dos 850 restaurantes na Rússia. Porém, segundo o representante da empresa, os 62 mil funcionários no país continuarão recebendo salário
Mastercard, Visa e American Express: as operadoras de cartão de crédito também suspenderam as atividades no país. As empresas já tinham travado parte das operações, bloqueando instituições financeiras russas, mas decidiram expandir as retaliações
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Como resposta à invasão russa na Ucrânia, algumas empresas anunciaram a suspensão das atividades no território governado por Putin

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No total, mais de 300 grandes marcas com presença significativa no país anunciaram o boicote, de acordo com um inventário atualizado da Universidade de Yale. Cerca de 30 multinacionais ainda estão na Rússia

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Apple: a marca anunciou a suspensão da venda de Iphones. Aplicativos como Apple Pay e outros serviços foram limitados. Os usuários ainda conseguem acesso à loja online, porém os aparelhos e acessórios não estão disponíveis para entrega

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Nike: a empresa esportiva fechou temporariamente todas as lojas físicas espalhadas pelo país. As mercadorias também ficaram indisponíveis pelo site e aplicativo da marca

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McDonald’s: a gigante do fast food suspendeu as atividades dos 850 restaurantes na Rússia. Porém, segundo o representante da empresa, os 62 mil funcionários no país continuarão recebendo salário

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Mastercard, Visa e American Express: as operadoras de cartão de crédito também suspenderam as atividades no país. As empresas já tinham travado parte das operações, bloqueando instituições financeiras russas, mas decidiram expandir as retaliações

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Coca-Cola: quem também cortou laços temporariamente com a Rússia foi a empresa norte-americana. "Continuaremos monitorando e avaliando a situação à medida que ela evolui", informou a gigante dos refrigerantes em comunicado, sem dar detalhes de suas atividades exatas

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Starbucks: a cafeteria anunciou o fechamento temporário de seus 130 cafés, de propriedade de um conglomerado do Kuwait. O grupo comunicou que vai continuar dando suporte aos quase 2 mil parceiros que dependem da empresa para sobreviver

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Airbnb: a plataforma de hospedagem suspendeu as operações na Rússia e Bielorrússia. Isto significa que não é possível fazer novas reservas para estadias e os hóspedes em ambos os países não podem fazer reservas em nenhum lugar do mundo

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Renault: a empresa francesa de automóveis interrompeu a exportação de veículos e as outras operações realizadas em território russo temporariamente. Devido a mudança nas rotas logísticas, a fabricante interrompeu os serviços em uma das montadoras de carro

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Shell: a marca do ramo de petróleo disse que deixaria sua joint venture com a estatal Gazprom e encerraria o seu envolvimento no oleoduto Nord Stream 2, agora suspenso, construído para transportar gás natural para a Alemanha

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Meta: a empresa que administra o Facebook, Instagram e WhatsApp restringiu o acesso dos usuários russos. Segundo comunicado do conglomerado, ucranianos poderão ainda bloquear suas contas por segurança

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Mondelez: a marca de alimentos também fechou suas fábricas no país. A empresa fabrica marcas locais, como biscoitos Jubilee e chocolate Korona e é conhecida por vender Oreo, chocolates como Milka, chicletes e balas da região

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O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, afirmou que Moscou estava tentando chantageá-lo, mas garantiu que seu país havia se preparado e diversificado suas fontes de energia. Segundo ele, as instalações de armazenamento de gás polonesas estão 76% cheias. A ministra do Clima da Polônia, Anna Moskwa, afirmou: “Não haverá falta de gás nos lares poloneses.”

A Polônia recebe mais de 45% de seu gás da Rússia por meio do gasoduto Yamal, mas sua geração de eletricidade depende mais da queima de carvão do que do gás. O Yamal transporta gás natural russo para a Polônia e a Alemanha, por meio de Belarus.

A empresa polonesa de gás natural PGNiG anunciou que a Gazprom deixaria de fazer entregas na Polônia a partir desta quarta-feira. No Twitter, a companhia escreveu: “A empresa monitora a situação e está preparada para vários cenários”.

A Polônia também importa gás por meio de portos no Mar Báltico e planeja começar a receber gás da Noruega no final deste ano, após a conclusão de um gasoduto de 900 quilômetros – Varsóvia espera que a Noruega possa fornecer cerca da metade do gás de que o país necessita.

Visita a Kiev

A Bulgária, que era aliada de Moscou até a troca de seu governo por um líder de perfil liberal em dezembro de 2021, também disse ter sido informada sobre a interrupção a partir de quarta-feira do fornecimento de gás russo, que chega ao país por meio do gasoduto TurkStream. O governo búlgaro afirmou que não haverá restrições ao consumo de gás, apesar de 90% do suprimento de gás para o país vir hoje da Rússia.

Na segunda-feira (25/4), parlamentares da Bulgária anunciaram um acordo para substituir integralmente as importações de gás russo por meio de um gasoduto que passa pela Grécia, a partir do verão europeu deste ano.

A Bulgária tem hesitado em oferecer apoio militar à Ucrânia, mas o primeiro-ministro Kiril Petkov e membros de seu governo irão a Kiev nesta quarta-feira para conversar com integrantes do governo ucraniano sobre a possível ajuda ao país.

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