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Rússia expulsa Bartle Gorman, vice-embaixador dos EUA no país

Países ocidentais se esforçam para uma solução diplomática para a disputa entre Rússia e Ucrânia

atualizado

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A Rússia decidiu, nesta quinta-feira (17/2), expulsar do país Bartle Gorman, vice-embaixador dos Estados Unidos. A informação foi concedida à agência russa RIA Novosti, por Jason Rebholtz, secretário de imprensa da missão diplomática.

“Gorman era o segundo funcionário mais importante da embaixada dos EUA em Moscou, depois do embaixador, e um membro-chave da liderança sênior da embaixada”, disse Rebholtz. A justificativa da expulsão do chanceler ainda não foi informada pelo governo russo.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que pode desencadear um conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível guerra

Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

O secretário também informou que, no mês passado, o chanceler russo nos Estados Unidos deixou a embaixada, “no âmbito de um rodízio diplomático regular, após completar sua viagem de negócios em janeiro”.

Também nesta quinta-feira, segundo o The Washington Post, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse a repórteres que a ameaça de invasão da Rússia à Ucrânia continua “muito alta” e que a Rússia pode estar criando uma desculpa para fazê-lo.

“Temos motivos para acreditar que eles estão envolvidos em uma operação de bandeira falsa para ter uma desculpa para entrar. Todas as indicações que temos são de que eles estão preparados para entrar na Ucrânia, atacar a Ucrânia. A minha sensação é que isso acontecerá nos próximos dias”, disse Biden.

EUA x Rússia

Há semanas, a Rússia protagoniza um embate diplomático com a Ucrânia. Com papel decisivo na discussão, os Estados Unidos já deram diversas declarações, dando por certa a invasão à Ucrânia.

Com isso, a Rússia também tem classificado as declarações norte-americanas como provocadoras de conflitos. Há menos de 10 dias, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, expôs o ponto de vista ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

“A campanha de propaganda lançada pelos Estados Unidos e por seus aliados sobre uma ‘agressão russa’ tem como fim provocar e encorajar as autoridades de Kiev”, disse Blinken.

A ofensiva da Rússia sobre a Ucrânia tem como principal objetivo reverter a aproximação do país vizinho com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos.

Retirada de tropas

Depois de o chanceler da diplomacia russa, Serguei Lavrov, demonstrar um tom ameno sobre a crise diplomática envolvendo a Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladmir Putin, decidiu retirar parte das tropas que estavam na fronteira entre os dois países.

A decisão de retorno das tropas à base foi anunciada pelo porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, em um vídeo. O representante, no entanto, explicou que parte da tropa retirada, simplesmente concluiu os treinamentos militares que estavam fazendo ali, a outra parte, no entanto, permanece.

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