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- Foto: Yanka Romão/Metrópoles
O governo russo exige o esboço de um hipotético tratado de paz para reunir os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia.
Ao conversar com repórteres nesta quinta-feira (14/4), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, condicionou o encontro ao que chamou de “texto pronto” para ser assinado.
“O presidente [Putin] nunca recusou tal reunião, mas devem estar preparadas as condições adequadas, nomeadamente o texto do documento”, explicou.
Diversas vezes, Zelensky pediu para se encontrar com Putin e negociar um possível acordo de paz. Até então, apenas negociadores dos governos e os chefes da diplomacia de cada país participaram das discussões.
Nesta quinta-feira, a guerra na Ucrânia completa 50 dias. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), ao menos 1,9 mil pessoas morreram no conflito. Mais de 4 milhões de pessoas fugiram do país.
O governo da região de Kharkiv afirma que quatro civis foram mortos e 10 ficaram feridos durante os bombardeios da última noite.
Com o recrudescimento dos ataques e as sucessivas trocas de acuações, as negociações estão estagnadas há semanas.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, demonstrou descrença em relação a um possível cessar-fogo na Ucrânia.
Na quarta-feira (13/4), Guterres admitiu que as conversas entre russos e ucranianos não estão avançando. “Não parece possível neste momento”, resumiu.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Vinícius Schmidt/Metrópoles
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