Rússia diz que uso de armas dos EUA em Kursk terá consequências sérias
Ameaça surge em meio à ofensiva ucraniana contra a cidade de Kursk, alvo de ataques desde o último dia 6 de agosto
atualizado
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A missão da Rússia nas Nações Unidas fez um alerta contra os Estados Unidos, nesta quarta-feira (14/8), e disse que o uso de armas norte-americanas por parte de forças da Ucrânia durante a invasão a Kursk pode desencadear “consequências sérias” contra o país comandado por Joe Biden.
Em conversa com jornalistas, o primeiro representante permanente adjunto da Rússia nas Nações Unidas, Dmitry Polyansky, chamou de “ato de escalada” o possível uso de armamentos dos EUA contra o território russo.
“O uso de armas dos EUA em Kursk, na Ucrânia, ou em qualquer outro lugar para nós é um ato de escalada e terá consequências sérias”, declarou o diplomata.
A ameaça surge em meio à ofensiva ucraniana contra a cidade de Kursk, alvo de ataques desde o último dia 6 de agosto.
A operação abriu um novo capítulo na guerra do Leste Europeu. Desde o início do conflito, a Ucrânia nunca havia atacado o território russo por terra. Por conta da incursão ucraniana, cerca de 120 mil civis foram obrigados a deixar a região.
Washington nega
Com os boatos de que militares ucranianos estariam usando armas dos EUA durante a invasão em Kursk, Washington veio a publico negar qualquer envolvimento no ataque.
“Os EUA não se envolveram em nenhum planejamento ou preparação para isso”, disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel, nesta quarta-feira (14/8).
Apesar disso, Patel se negou a responder se os ucranianos usaram ou não armas norte-americanas durante a ação.
“Deixarei nossos parceiros ucranianos falarem sobre suas próprias operações militares”, disse a repórteres.
O porta-voz ainda afirmou que a política de Washington, que liberou o uso de armas norte-americanas em ataques contra a Rússia em maio, “não mudou”.