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Rússia e Ucrânia terão corredor humanitário. Não haverá cessar-fogo

Segunda reunião termina sem acordo de paz. Crise dos refugiados fez países negociarem “corredor humanitário”

atualizado

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Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
Ucranianos refugiados começam a chegar na cidade de Medyka, na Polônia. São vistas principalmente crianças e jovens - Metrópoles
1 de 1 Ucranianos refugiados começam a chegar na cidade de Medyka, na Polônia. São vistas principalmente crianças e jovens - Metrópoles - Foto: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images

A reunião entre representantes russos e ucranianos terminou sem um acordo de cessar-fogo para o conflito que há oito dias deixa o mundo em alerta. Contudo, os países concordaram em criar rotas de fuga, chamadas de “corredores verdes” (ou “corredores humanitários”).

O encontro foi realizado no início da tarde desta quinta-feira (3/3), pelo horário de Brasília. Esta foi a segunda reunião entre as delegações. Inicialmente, a conversa aconteceria na quarta-feira (2/3), mas acabou adiada. O encontro ocorreu em Belarus, país acusado de facilitar a invasão russa e de executar ataques.

Na segunda-feira (28/2), delegações da Rússia e da Ucrânia fizeram a primeira rodada de conversas em Belarus, perto da fronteira com a Ucrânia. A reunião fracassou.

Um dos principais pontos da negociação é o estabelecimento de um armistício, ou seja, a suspensão temporária das hostilidades entre as tropas.

O único avanço na relação entre os países foi a criação de rotas de fuga para refugiados da guerra. As estimativas mais recentes mostram que um milhão de pessoas já deixaram a Ucrânia. As nações concordaram em fazer uma rodada de negociações, ainda sem data para acontecer.

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Duas mulheres levantam os braços enquanto vários agentes tentam expulsá-las de um protesto em frente à embaixada russa na Espanha, 3 de março de 2022, em Madri, Espanha
Civis constroem barricadas de ferro e armadilhas para bloquear veículos blindados e ajudar a defender a cidade em meio a ataques russos em Lviv, Ucrânia
Soldados ucranianos patrulham em frente ao Monumento da Independência durante ataques russos em Kiev
Soldados ucranianos patrulham em frente ao Monumento da Independência durante ataques russos em Kiev
Uma visão dos danos causados em assentamentos civis, após ataques russos em Kharkiv, Ucrânia, em 3 de março de 2022
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Os refugiados chegam à cidade fronteiriça húngara de Zahony em um trem que veio da Ucrânia

Christopher Furlong/Getty Images
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Duas mulheres levantam os braços enquanto vários agentes tentam expulsá-las de um protesto em frente à embaixada russa na Espanha, 3 de março de 2022, em Madri, Espanha

Ricardo Rubio/Europa Press via Getty Images
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Civis constroem barricadas de ferro e armadilhas para bloquear veículos blindados e ajudar a defender a cidade em meio a ataques russos em Lviv, Ucrânia

Abdullah Tevge/Agência Anadolu via Getty Images
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Soldados ucranianos patrulham em frente ao Monumento da Independência durante ataques russos em Kiev

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Soldados ucranianos patrulham em frente ao Monumento da Independência durante ataques russos em Kiev

Aytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images
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Uma visão dos danos causados em assentamentos civis, após ataques russos em Kharkiv, Ucrânia, em 3 de março de 2022

Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia/Agência Anadolu via Getty Images
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Um empreiteiro ucraniano de Leipzig fica na fronteira ucraniana-polonesa em Medyka. O homem aguarda autorização para passar por um transporte de socorro com medicamentos

Kay Nietfeld/picture aliança via Getty Images
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Uma visão dos danos causados em assentamentos civis, após ataques russos, em Kharkiv, Ucrânia, em 3 de março de 2022

Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia/Agência Anadolu via Getty Images
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Prédios e estruturas após ataques russos em Kharkiv, Ucrânia

Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia/Agência Anadolu via Getty Images

Antes do encontro, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez um apelo para a criação dessas rotas. O país vive o oitavo dia de guerra. Ele tem defendido que qualquer negociação deve ocorrer após o fim dos bombardeiros.

Na ocasião, Zelensky admitiu que muitos civis estão morrendo ao tentar fugir do país. “Precisamos de um corredor verde para as pessoas saírem de Kharkiv. Carros usados por ucranianos em fuga foram alvejados”, comentou.

Putin faz mais ameaças

A pressão internacional parece não surtir efeito. No momento em que representantes da Rússia e da Ucrânia negociavam um cessar-fogo, Putin reforçou as ameaças. “O pior da guerra ainda está por vir”, alertou.

Nesta quinta-feira (3/3), em pronunciamento transmitido ao vivo do Kremlin, sede do governo russo, Putin voltou a chamar os ucranianos de neonazistas e fez uma série de acusações.

“Os neonazistas usam civis como escudos e blindados em áreas residenciais”, iniciou. O líder russo completou. “Os nacionalistas não estão permitindo a retirada segura das pessoas”, disse, se referindo aos refugiados.

Putin ordenou que as tropas intensifiquem os bombardeios. Os ataques têm causado cada vez mais mortes e atingido grandes centros habitados.

Mapa de ataques russos à Ucrânia terceiro dia

 

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