Rússia é barrada de comemoração da libertação do campo de Auschwitz
Os soldados da então União Soviética, agora Rússia, foram responsáveis pela libertação do maior campo de concentração nazista
atualizado
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O governo da Rússia não recebeu convite para participar da comemoração do 78º aniversário da libertação do campo de concentração nazista de Auschwitz-Birkenau, segundo informou o museu responsável pela manutenção do local histórico.
O aniversário irá acontecer no próximo dia 27 e será organizado pelo governo da Polônia, onde o campo de concentração foi construído. As comemorações deste ano têm como destaque “o processo de planejamento, criação e expansão do sistema de desumanização e genocídio em Auschwitz”.
Em nota, o presidente do museu de Auschwitz, Piotr Mateusz Andrzej Cywiński, informou que o local exibe a crueldade do ser humano contra pessoas de diversas nacionalidades e destacou os supostos crimes de guerras cometidos pela Rússia durante a guerra da Ucrânia.
“Hoje os visitantes do memorial podem ver as ruínas de edifícios que se tornaram um símbolo do extermínio de judeus, mas também de outros crimes cometidos em Auschwitz contra poloneses, ciganos, russos e pessoas de outras nacionalidades. No entanto, os planos de arquitetura e construção sobreviveram, o que mostra claramente o que um ser humano, mesmo bem-educado, é capaz de fazer em nome de uma ideologia. Todos esses restos mortais são um aviso eloquente para a humanidade, tão eloquente hoje à luz dos crimes de guerra da Rússia na Ucrânia”, disse o diretor do museu.
O Exército Vermelho, da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, foi responsável pela liberação de cerca de 7 mil prisioneiros dos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945.
Em Auschwitz, os nazistas assassinaram aproximadamente 1,1 milhão de pessoas, entre judeus, poloneses, ciganos, prisioneiros de guerras e pessoas de outras nacionalidades que não se enquadravam na definição de raça pura estipulada pelo governo de Adolf Hitler.
Memória do holocausto
A Organização das Nações Unidas (ONU) dedicou o dia 27 de janeiro como o Dia Internacional da Memória do Holocausto.
Para lembrar as vítimas e a crueldade dos nazistas durante a segunda guerra, o museu mantém páginas nas redes sociais para mostrar os artefatos históricos do campo de concentração.
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