Rússia diz ter tomado Melitopol, cidade no sul da Ucrânia
Autoridades ucranianas não confirmaram informação. Russos alegam que civis não apresentaram resistência
atualizado
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O governo russo anunciou que tomou Melitopol, cidade no sul da Ucrânia, na manhã deste sábado (26/2). A informação ainda não foi confirmada pelas autoridades ucranianas.
O anúncio foi feito pelo major-general Igor Konashenkov, representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia. Ele alega que tropas tomaram centenas de alvos militares e destruíram vários aviões, tanques e veículos.
“Os militares russos estão tomando todas as medidas para garantir a segurança dos civis e evitar provocações por parte dos serviços secretos ucranianos ou de nacionalistas”, acrescentou.
Melitopol é uma cidade de porte médio, com cerca de 150 mil habitantes, localizada entre a Crimeia e o porto ucraniano de Mariupol.
Russia claims it’s captured the southern city of Melitopol.
The ministry earlier said overnight, without providing any evidence, that locals welcomed Russian troops and some “older age citizens went out onto the streets with red flags.”
No confirmation from Ukraine as yet. pic.twitter.com/AQbXifBSCd
— max seddon (@maxseddon) February 26, 2022
“Noite mais difícil”
Também nessa sexta, em pronunciamento gravado, o presidente do país, Volodymyr Zelensky, alertou que Kiev estava sob perigo de tomada pelos russos e fez um apelo: “Não podemos perder a capital”.
O presidente ucraniano ainda afirmou que acredita que os conflitos irão se acentuar. “O destino do país será decidido agora. Esta noite será mais difícil do que o dia. Muitas cidades do nosso estado estão sob ataque. Chernihiv, Sumy, Kharkiv, nossos meninos e meninas em Donbass, as cidades do sul, atenção especial a Kiev”, ponderou.
Ele repetiu: “Esta noite será a mais difícil. O inimigo vai com tudo. Devemos resistir. A noite será muito difícil, mas o pôr do sol virá”.
Explosões
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.
Ao longo da tarde, a violência voltou a aumentar. O prefeito da cidade, Vitali Klitschko, afirmou que ao menos cinco explosões foram ouvidas no local, o centro do poder ucraniano. Os disparos ocorreram em um espaço de 3 a 5 minutos.
“A situação agora, sem exagero, é ameaçadora para Kiev. À noite, perto da manhã, será muito difícil”, frisou Klitschko. Ainda de acordo com o prefeito, as explosões parecem vir de uma área próxima ao centro de distribuição de energia da cidade.