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Rússia diz ter sofrido o maior ataque cibernético de sua história

Já o governo ucraniano teme “apagão digital” na guerra contra a Rússia

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Crime cibernético
1 de 1 Crime cibernético - Foto: Michael Mello/Metrópoles

A Rússia afirma ser alvo do maior ataque cibernético já registrado no país. O atentado digital sofrido em meio à guerra na Ucrânia é, segundo o governo russo, três vezes mais agressivo que o último grande ataque registrado.

O Kremlin, sede do governo russo, não deu detalhes sobre o caso, mas afirmou que sites estatais, da transportadora Aeroflot e do banco Sberbank tiveram interrupções ou problemas de acesso.

As informações foram divulgadas na tarde desta quinta-feira (17/3) pela agência russa de notícias TASS e confirmadas pelo Ministério do Desenvolvimento Digital do país.

Clique aqui e leia a cobertura completa da guerra na Ucrânia. 

Esse não é o primeiro ataque digital que ocorre após o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Na segunda-feira (14/3), sites do governo de Israel, inclusive o do escritório do primeiro-ministro e o do Ministério da Saúde, saíram do ar em um aparente ciberataque. Uma fonte da área de segurança disse ao jornal israelense “Haaretz” que este seria o maior ataque cibernético já realizado contra Israel.

Autoridades do país investigam quem pode estar por trás da ação, mas ainda não foi possível determinar quem são os responsáveis. A agência nacional cibernética de Israel declarou estado de emergência para avaliar a extensão dos danos.

Apagão digital

Antes, o encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, afirmou em 27 de fevereiro, três dias após o começo do conflito, que os canais oficiais da embaixada ucraniana foram bloqueados por “ataques cibernéticos massivos” feitos pela Rússia.

No começo do mês, milhares de pessoas ficaram sem acesso à internet na Europa devido a um ataque cibernético contra duas redes de satélites durante uma ofensiva russa contra a Ucrânia.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

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