Rússia condena opositor de Putin a 25 anos de prisão por “traição”
Na Rússia, Vladimir Kara-Murza também foi acusado de divulgar informações falsas sobre o exército liderado por Vladimir Putin
atualizado
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Um jornalista russo-britânico foi condenado a 25 anos de prisão em segurança máxima na Rússia, nesta-segunda-feira (17/4), acusado de traição e de divulgar falas contra o exército e a guerra na Ucrânia.
Vladimir Kara-Murza, de 41 anos, é um jornalista e político da oposição, que possui dupla nacionalidade. Os promotores do caso acusaram o crítico de Putin de divulgar informações falsas sobre o exército russo durante um discurso realizado na Câmara dos Representantes do estado do Arizona.
A lei que condenou Kara-Murza a sentença mais alta desde o início da guerra na Ucrânia foi criada recentemente, no começo do conflito. Ela criminaliza a “divulgação de informações falsas” sobre os militares.
Recentemente, uma menina de 13 anos foi detida em um centro de reabilitação, e seu pai condenado a prisão com base na mesma lei criada em março de 2022, que prevê punições se manifestar de forma contrária as Forças Armadas da Rússia.
Opositor do governo de Vladimir Putin há muitos anos, Kara-Murza acusou os serviços de segurança da Rússia, de estarem por trás de doenças repentinas que teve em 2015 e 2017. Em ambos os casos, o jornalista que chegou a entrar em coma nas duas vezes diz ter sido envenenado.