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Rússia: avião onde estava Prigozhin pode ter sido derrubado

Líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin estava no avião que caiu. Rússia descartou participação da Embraer nas investigações

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1 de 1 imagem colorida mostra quadro de Prigozhin, líder do grupo Wagner, em meio a rosas em tributo a sua morte - Metrópoles - Rússia - Foto: Pelagiya Tihonova/Anadolu Agency via Getty Images

A Rússia afirmou, nesta quarta-feira (30/8), que o avião da Embraer que transportava, entre outras pessoas, o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, pode ter sido derrubado. A informação foi dada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em conversa com a imprensa.

“É óbvio que diferentes versões estão sendo consideradas, inclusive a versão, e você sabe do que eu estou falando, digamos, de uma atrocidade deliberada”, destacou o porta-voz Dmitri Peskov.

Peskov ressaltou ainda que as forças russas não pretendem deixar que investigações estrangeiras sejam realizadas, já que o jato era de fabricação brasileira. A informação foi confirmada ao Metrópoles pela Força Aérea Brasileira (FAB), na noite da terça-feira (29/8).

A Rússia repudiou, na sexta passada (25/8), as especulações ocidentais de um possível envolvimento do governo de Vladimir Putin na morte de Prigozhin após a queda do avião Legacy 600, na quarta-feira (23/8).

Após o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, insinuar o envolvimento da Rússia no acidente aéreo, Putin se manifestou, na quinta-feira (24/8).

Durante um pronunciamento na televisão, o presidente russo prestou condolências à família de Prigozhin. Ele também disse que os investigadores tentam esclarecer o caso, mas que a perícia demorará um certo tempo.

Putin não mencionou o rompimento com o Grupo Wagner e chegou a dizer que Prigozhin, que conhecia desde os anos 1990, era um “empresário talentoso”. A família de Prigozhin não se manifestou ainda sobre o assunto, e o enterro do líder do Grupo Wagner ocorreu em evento fechado.

A relação de Putin e Prigozhin

O Grupo Wagner lutava na Ucrânia ao lado da Rússia. Antigo aliado do presidente russo, Prigozhin se revoltou contra Putin e liderou uma rebelião como forma de protesto pela falta de envio de equipamentos e armas às tropas. Prigozhin era apontado como líder do grupo de mercenários.

Com fama de sanguinário, Prigozhin liderou o grupo para, inicialmente, atacar o país vizinho sob ordens russas e, mais tarde, ameaçar o presidente russo em uma tentativa de golpe.

Formado em 2014, o Wagner é uma companhia privada de mercenários que atua em guerras pelo mundo. Desde o ano de fundação, o grupo está presente na península ucraniana da Crimeia e chegou a ajudar forças separatistas apoiadas pela Rússia a tomar a região.
Depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 2022, o governo russo contou com a ajuda do grupo para avançar nas batalhas contra o exército de Zelensky, como nos embates das cidades de Bakhmut e Soledar.

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