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Rússia aumenta arsenal nuclear em meio à tensão no Leste Europeu

Liderada por Vladimir Putin, a Rússia segue sendo o país com o maior número de armas de destruição em massa ao redor do mundo

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Mikhail Svetlov/Getty Images
Victory Day military parade rehearsals in Moscow
1 de 1 Victory Day military parade rehearsals in Moscow - Foto: Mikhail Svetlov/Getty Images

A Rússia aumentou seu arsenal nuclear e se mantém no topo da lista dos países com o maior número de armas de destruição em massa ao redor do mundo, segundo relatório divulgado por pesquisadores do Bulletin of the Atomic Scientists nessa terça-feira (9/5). Estados Unidos continua como o segundo no ranking, com 3.708 ogivas prontas para serem usadas.

Apesar de ser um dado sigiloso de cada país, estimativas do renomado grupo de cientistas apontam que o país liderado Vladimir Putin conta com 4.489 armas do tipo ativas atualmente. O número representa um aumento de 12 novas ogivas em relação ao ano passado.

O crescimento do arsenal nuclear russo coincide com período em que a retórica nuclear ganhou força, impulsionado principalmente por Rússia e Coreia do Norte, dois dos nove países que possuem armas de destruição em massa.

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Pertencente a uma família de operários, Vladimir cresceu em uma periferia russa, em São Petersburgo, e sonhava ser espião
Formou-se em direito e, em seguida, entrou para o serviço secreto russo, a KGB, em 1975
Tempos depois, iniciou vida política como vice-prefeito de São Petersburgo. Em 1999, tornou-se primeiro-ministro e, no ano seguinte, após a renúncia do então presidente, Boris Yeltsin, foi eleito presidente da Rússia
Pouco depois de assumir a presidência, liderou com êxito tropas russas ao ataque à Chechênia, durante a 2ª Guerra da Chechênia, o que o fez crescer em popularidade
Em 2004, Putin foi reeleito e, em seguida, assinou o protocolo de Kyoto, documento que o tornou responsável por reduzir gases-estufa liberados pela Rússia
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Vladimir Vladimirovitch Putin é o atual presidente da Rússia. No poder há 20 anos, desde a renúncia de Boris Yeltsin, Putin é conhecido por apoiar ditadores e declarar oposição ferrenha aos Estados Unidos

Sergei Guneyev /Getty Images
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Pertencente a uma família de operários, Vladimir cresceu em uma periferia russa, em São Petersburgo, e sonhava ser espião

Mikhail Svetlov /Getty Images
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Formou-se em direito e, em seguida, entrou para o serviço secreto russo, a KGB, em 1975

Alexei Nikolsky /Getty Images
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Tempos depois, iniciou vida política como vice-prefeito de São Petersburgo. Em 1999, tornou-se primeiro-ministro e, no ano seguinte, após a renúncia do então presidente, Boris Yeltsin, foi eleito presidente da Rússia

Carl Court /Getty Images
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Pouco depois de assumir a presidência, liderou com êxito tropas russas ao ataque à Chechênia, durante a 2ª Guerra da Chechênia, o que o fez crescer em popularidade

Sergei Karpukhin /Getty Images
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Em 2004, Putin foi reeleito e, em seguida, assinou o protocolo de Kyoto, documento que o tornou responsável por reduzir gases-estufa liberados pela Rússia

Alexei Nikolsky v
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Seguindo a Constituição russa, que o impedia de exercer mais de dois mandatos consecutivos, o ex-KGB apoiou o seu primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, nas eleições que o sucederiam

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Em 2012, no entanto, voltou a ser eleito para novo mandato de seis anos, mesmo com forte oposição

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O líder russo Vladimir Putin diz que não irá recuar e desafia a comunidade internacional

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No ano seguinte, apoiou a guerra que aconteceu na Síria e enviou militares para ajudar o regime do presidente sírio, Bashar Al Assad

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Apesar de toda desaprovação mundial diante de atos de guerra, Putin conseguiu se eleger em 2018 para mais seis anos, com vantagem expressiva em relação aos adversários

Mikhail Svetlov /Getty Images
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Devido à lei que sancionou em 2021, Putin poderá concorrer nas duas próximas eleições e, se eleito, ficar no poder até 2036

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Recentemente, após exigir que o Ocidente garantisse que a Ucrânia, que faz fronteira com território russo, não se juntaria à Otan, reformou a inimizade entre os países

Vyacheslav Prokofyev /Getty Images
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O conflito, que acendeu alerta mundial, ganhou novos capítulos após Putin ordenar, no dia 25 de fevereiro de 2022, que tropas invadissem a Ucrânia utilizando armamento militar

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Apesar dos avisos de sanções por parte de outras nações, o presidente russo prosseguiu com a intentada e deu início à guerra

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No início de 2023, o Kremlin anunciou a finalização da produção do “torpedo do Juízo Final” após cinco anos de trabalho. A nova arma de Putin, além de se guiar de forma autônoma, possuí capacidade intercontinental podendo atingir cidades costeiras ao redor do mundo.

Outro avanço na disseminação de ogivas russas aconteceu em março deste ano, quando Putin anunciou o envio de armas nucleares para Belarus, liderada pelo ditador Alexander Lukashenko.

Além do aumento no arsenal, a Rússia elevou o tom desde o início da invasão na Ucrânia, com diversas ameaças envolvendo armas de destruição em massa.

O vice-presidente do Conselho de Segurança de Putin, Dmitry Medvedev, foi uma das autoridades russas que mais elevou a retórica nuclear nos últimos meses. Em janeiro, o ex-presidente da Rússia afirmou que um conflito nuclear poderia ter início em caso de derrota dos russos na guerra na Ucrânia. 

Com a escalada na tensão nuclear, a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que o risco do uso de armas de destruição em massa é o maior desde o auge da Guerra Fria.

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