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Rússia: armas dos EUA para Ucrânia aumentam risco de confronto direto

Declaração veio do vice-chanceler da Rússia, após os Estados Unidos anunciarem que vão entregar arma

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Serhii Hudak/ Ukrinform/Future Publishing via Getty Images
Treinamento do exército ucraniano na região de Zakarpattia
1 de 1 Treinamento do exército ucraniano na região de Zakarpattia - Foto: Serhii Hudak/ Ukrinform/Future Publishing via Getty Images

O vice-chanceler russo Sergei Ryabkov afirmou que a decisão de os Estados Unidos em ajudar a Ucrânia com armas aumenta o risco de um conflito direto entre as duas potências. O presidente norte-americano Joe Biden escreveu um artigo no jornal The New York Times afirmando que mandará armamentos mais poderosos para o país invadido pela Rússia.

“Qualquer fornecimento de armas que continue, está aumentando, aumenta os riscos de tal desenvolvimento”, disse Ryabkov à agência de notícias RIA Novosti.

De acordo com Ryabkov, os EUA seriam determinados a “travar uma guerra” para infligir uma derrota estratégica à Rússia. “Isso é sem precedentes, é perigoso”, afirmou o vice-chanceler.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Washington afirmou que vai fornecer para a Ucrânia sistemas avançados de mísseis, incluindo um equipamento de lançamento múltiplo chamado Himars, que pode atirar simultaneamente com precisão muito maior do que as armas usadas até agora. Teria também um alcance de cerca de 80 quilômetros, o que, segundos os EUA, não seria suficiente para chegar ao território russo.

Em campo, Serhiy Haidai, governador ucraniano de Luhansk, afirmou que a Rússia controla 70% da cidade de Severodonetsk, principal alvo do ataque do país no momento para se controlar a região de Donbass. “As tropas ucranianas recuaram para posições mais vantajosas e pré-preparadas. Outra parte continua lutando dentro da cidade”, garantiu Haidai.

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