Rússia anuncia prisão de 10 anos para soldado que se recusar a lutar
Lei mais rígida para reservistas desertores é divulgada no mesmo dia em que Putin substituiu general que comanda área logística na guerra
atualizado
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A Rússia anunciou, neste sábado (24/9), regras mais rígidas para soldados que se recusarem a lutar na guerra com a Ucrânia. A nova lei assinada pelo presidente Vladimir Putin prevê prisão de até 10 anos para reservistas que se recusem a lutar, desertem, desobedeçam ou se rendam ao inimigo, segundo a agência de notícias AFP.
Essa nova legislação foi anunciada no mesmo dia em que o governo Russo anunciou a mudança do comandante militar da área de logística.
O Ministério da Defesa informou em comunicado que o general Dmitri Bulgakov foi dispensado e substituído pelo coronel-general Mikhail Mizintsev.
O novo comandante coordenou a invasão em Mariupol, cidade portuária ucraniana, e foi apelidado de açougueiro pela mídia ocidental na época.
Convocação
Essas mudanças anunciadas neste sábado (24/9) acontecem em um contexto de mudança de estratégia russa na guerra contra a Ucrânia.
Putin anunciou na última quarta, a convocação de cerca de 300 mil reservistas para lutar. Moradores russos tentam fugir do país.
No mesmo anúncio, o presidente Russo cogitou o uso de armas nucleares no conflito. Ele disse na ocasião que aquilo não era um blefe.