Rússia ameaça travar acordo de grãos do Mar Negro em resposta ao G7
Acordo firmado em julho de 2022 permite a exportação de grãos e fertilizantes pelo Mar Negro mesmo em meio a guerra entre Rússia e Ucrânia
atualizado
Compartilhar notícia
A Rússia pode interromper o acordo de grãos no Mar Negro, caso o G7 decida proibir exportações para o país. Assim ameaçou o ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança de Putin, Dmitry Medvedev.
“Essa ideia dos idiotas do G7 sobre a proibição total de exportações para o nosso país por padrão é bonita, uma vez que implica uma proibição recíproca de importações de nosso país, incluindo categorias de bens que são as mais sensíveis para o G7”, afirmou em comunicado divulgado no Telegram. “Nesse caso, o acordo de grãos – e muitas outras coisas que eles precisam – acabará para eles”.
A ameaça de um dos principais aliados de Putin acontece depois que rumores de novas sanções do G7 seriam aplicadas contra o Kremlin, incluindo a proibição da maioria das exportações de países que compõem o bloco para a Rússia.
Firmado em julho de 2022 por Rússia e Ucrânia com a mediação da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Turquia, o acordo de grãos do Mar Negro teve como principal objetivo evitar uma crise global de alimentos provocada pelo conflito no Leste Europeu.
Com a iniciativa, o escoamento de grãos, fertilizantes e outros alimentos foi permitido em meio a guerra.
Contudo, com a recente escalada na retórica entre Kremlin e países que compõem o G7, o país comandado por Putin ameaça não renovar o acordo, que expira no próximo dia 18 de maio. No domingo, membros do G7 emitiram um comunicado conjunto pedindo a “extensão, implementação total e expansão” da iniciativa.