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Rússia ameaça assumir “controle total” das maiores cidades ucranianas

Segundo o porta-voz do governo, Dmitry Peskov, as principais cidades da Ucrânia já estão cercadas por forças russas

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destruição após bombardeios e mísseis russos em curso em Kharkiv, Ucrânia
1 de 1 destruição após bombardeios e mísseis russos em curso em Kharkiv, Ucrânia - Foto: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images

O governo da Rússia ameaçou assumir o “controle total” das maiores cidades ucranianas. Segundo o Kremlin, as tropas têm condições de tomar o poder desses locais.

Segundo o porta-voz do governo, Dmitry Peskov, as principais cidades da Ucrânia já estão cercadas por forças russas.

Quando perguntado pela agência de notícias Reuters sobre comentários de autoridades dos Estados Unidos, que disseram que a Rússia havia pedido equipamento militar para a China, Peskov negou os rumores.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

“A Rússia possui seu próprio potencial independente para continuar a operação. Como dissemos, ela está indo de acordo com o planejado e será concluída a tempo e na íntegra”, afirmou.

O presidente russo, Vladimir Putin, avisou ao Ocidente que conseguirá cumprir todos os objetivos militares, sem ajuda da China.

O Ministério de Defesa da Rússia afirmou, nesta segunda-feira (14/3), que 20 pessoas morreram e 28 ficaram feridas em um ataque dos ucranianos com um míssil na região de Donetsk, onde há separatistas ligados aos russos.

Terminou sem consenso mais uma reunião entre russos e ucranianos. A negociação de um cessar-fogo será retomada na terça-feira (14/3). O encontro acabou com uma “pausa técnica”.

Representantes da Rússia e da Ucrânia conversaram por videoconferência para tentar solucionar o conflito que já dura 19 dias. A invasão ocorreu em 24 de fevereiro.

Os ataques se tornaram mais violentos nos últimos dias. Kiev, capital ucraniana e coração do poder, está cercada. Civis são alvo de bombardeios.

As conversas foram classificadas como “difíceis” por um assessor do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

“Foi feita uma pausa técnica nas negociações até amanhã, para trabalho adicional nos subgrupos de trabalho e esclarecimento de definições individuais. As negociações continuam”, informou um dos principais negociadores ucranianos, Mykhailo Podoliak.

Ataques

O Ministério de Defesa da Rússia afirmou, nesta segunda-feira (14/3), que 20 pessoas morreram e 28 ficaram feridas em um ataque dos ucranianos com um míssil na região de Donetsk, onde há separatistas ligados aos russos.

O Kremlin ressaltou que o Exército russo não descarta “tomar o controle total das principais cidades que já estão cercadas”. Isso implicaria uma ofensiva militar de grande envergadura, diante de uma resistência que se mostra feroz. As informações são de agências internacionais de notícias.

Em anúncio nas redes sociais na manhã desta segunda-feira, o Parlamento ucraniano informou que tropas russas atacaram a fábrica de aviões Antonov, em Kiev.

Ao menos duas pessoas morreram e sete ficaram com “ferimentos de gravidade variável”. Cerca de 70 pessoas foram retiradas do local.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram o estado da região, momentos após o ataque. Uma grande nuvem de fumaça tomou conta do local após o bombardeio.

Localizada no Aeródromo de Sviatoshyn, a fábrica da Antonov é considerada a maior da Ucrânia. Fundada em 1989, a empresa é popular pela produção de aeronaves para transporte de cargas pesadas.

Ofensiva

Uma pessoa morreu e pelo menos três foram levadas a um hospital depois que um bombardeio russo atingiu um prédio residencial em Kiev, nesta segunda-feira.

De acordo com as equipes de emergências ucranianas, pelo menos 63 moradores tiveram de sair do edifício e 15 necessitaram de atendimento no local. O ataque ocorre no mesmo dia em que mais uma rodada de negociações entre ucranianos e russos está marcada.

No domingo (13/3), os russos iniciaram o 18º dia de guerra na Ucrânia com ataques aéreos ao Centro Internacional de Manutenção da Paz e Segurança (IPSC). A base militar no distrito de Yavoriv, a ​​cerca de 50 km a sudoeste de Lviv e cerca de 25 km da fronteira com a Polônia, foi alvo das tropas russas pouco antes das 6h de domingo (horário ucraniano). As autoridades afirmaram que 35 pessoas morreram no local, enquanto 134 ficaram feridas.

Também no domingo, a Ucrânia emitiu alerta de ataque aéreo em, ao menos, 19 das 24 regiões do país. As informações são do jornal The Kyiv Independent. Diante dessa possibilidade, o governo ucraniano recomendou que os moradores imediatamente seguissem para abrigos próximos.

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