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Rússia alerta para resultado do “insano” envio de armas à Ucrânia

Vice-chanceler russo Sergei Ryabkov disse que o país vai tratar as armas transferidas como alvos militares

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Míssil "Patriot" perto de veículo militar. Os Estados Unidos enviaram unidades do artefato para a Polônia após guerra na Ucrânia - Metrópoles
1 de 1 Míssil "Patriot" perto de veículo militar. Os Estados Unidos enviaram unidades do artefato para a Polônia após guerra na Ucrânia - Metrópoles - Foto: Wikimedia Commons

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, chamou atenção para a transferência de armas por partes de outros países à Ucrânia. O “recado”, na verdade, era uma aviso direto aos Estados Unidos.

Segundo Ryabkov, a Rússia vai tratar os armamentos ocidentais que chegarem para os ucranianos como alvos militares legítimos.

“Avisamos [os EUA] das consequências da transferência insana para a Ucrânia de armas como sistemas antiaéreos móveis, mísseis antitanque e assim por diante”, afirmou Ryabkov, em declaração citada no Twitter de Max Seddon, chefe do escritório do Financial Times em Moscou.

Veja o post:

Desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, ao menos 29 países anunciaram esse tipo de apoio ao governo ucraniano. Além dos 27 países-membro da União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido também enviaram suprimentos.

São fuzis, mísseis, foguetes anti-tanques, morteiros, metralhadoras, pistolas, rifles, armamentos antiaéreos, entre outros itens.

Veja algumas doações:

  • Alemanha – 1 armas antitanque
  • Suécia – 5 mil foguetes
  • Bélgica – 3 mil fuzis
  • República Tcheca – 7 mil rifles, 3 mil metralhadoras e 30 mil pistolas
  • Holanda – 200 foguetes antiaéreos

No início da semana, o próprio ministro de relações exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, falou sobre o assunto. Segundo a agência de notícias Interfax, ele teria afirmado que o envio de armas à Ucrânia causará “escalada catastrófica”.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

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