Rússia admite “perdas significativas” de tropas em guerra na Ucrânia
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista à Sky News, classificou a situação como “grande tragédia”
atualizado
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O governo russo admitiu que teve “perdas significativas” de tropas que lutam na invasão da Ucrânia. A guerra chega ao 41º dia nesta quinta-feira (7/4).
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista à Sky News, reconheceu as baixas militares e classificou a situação como “grande tragédia”.
“We have significant losses of troops”.
Vladimir Putin’s press secretary Dmitry Peskov says it’s a “huge tragedy to us” to have lost Russian troops during the war in Ukraine.https://t.co/X3flQUBL0r
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— Sky News (@SkyNews) April 7, 2022
Peskov não especificou o número de vítimas. No fim de março, a Rússia admitiu que havia perdido 1.351 soldados, e tinha 3.825 feridos. A quantidade não pôde ser verificada.
Órgãos de inteligência dos Estados Unidos e de países europeus trabalham com números bem mais altos – ao menos 7 mil mortes de soldados russos.
Suspensão
A Rússia pediu formalmente para deixar o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) após a Assembleia-Geral aprovar a suspensão do país do órgão, como represália ao massacre em Bucha, na Ucrânia.
Ataques
O porta-voz voltou a dizer que as forças russas “nunca estavam bombardeando objetivos civis” desde o início da guerra.
“Eles estavam apenas mirando e usando mísseis de alta precisão para atacar a infraestrutura militar na Ucrânia”, concluiu.
Guerra
O governo ucraniano está em alerta para possíveis bombardeios generalizados semelhantes aos ocorridos na 2ª Guerra Mundial. Autoridades locais recomendaram que a população fuja.
Nesta quinta-feira (7/4), o prefeitura de Dnipro, no centro-leste da Ucrânia, pediu para que as mulheres, as crianças e os idosos deixassem imediatamente a cidade.
Autoridades locais esperam que tropas russas intensifiquem os bombardeios nas próximas horas.
Uma recomendação similar foi feita pela prefeitura de Luhansk, no leste, próxima à fronteira com a Rússia.
Segundo a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o país de Putin está preparando uma nova ofensiva focada no leste do país.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, sustentou, em Bruxelas, que a escala dos ataques em Donbass lembrará os da 2ª Guerra Mundial.
“Ou você nos ajuda agora, e estou falando de dias, não semanas, ou sua ajuda chegará tarde demais e muitas pessoas morrerão”, pediu, após reunião diplomática.
A Otan anunciou que enviará uma “ampla variedade” de armas para a Ucrânia. O secretário-geral da entidade, Jens Stoltenberg, ressaltou que o grupo irá “fortalecer o apoio” aos ucranianos.