Rússia admite morte de 498 soldados; 1,5 mil militares ficaram feridos
Esta é a primeira vez que o russos admitem, publicamente, baixas entre os soldados desde o início dos conflitos
atualizado
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A Rússia anunciou, nesta quarta-feira (2/3), o primeiro número de baixas de soldados das tropas militares que estão lutando na guerra com a Ucrânia. Segundo o Kremlin, desde o início dos conflitos, na última semana, 498 soldados foram mortos e 1,5 mil ficaram feridos, conforme noticiado pela imprensa internacional.
Esta é a primeira vez que o russos admitem, publicamente, baixas entre os soldados. Antes, as forças militares alegavam que o enfrentamento bélico com a Ucrânia não havia resultado em mortes de combatentes do país.
Há, no entanto, uma grande diferença no número de mortos divulgados pelo governo russo e pelo ucraniano. Pela manhã dessa quarta, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou que em torno de 6 mil soldados russos foram abatidos pelas tropas militares locais.
Ainda segundo as autoridades ucranianas, os bombardeios russos já provocaram a morte de 2 mil civis. As imagens da explosão na sede do distrito policial e de uma universidade de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, foram as últimas registradas no ataque russo ao país nesta quarta-feira.
Ucrânia informa a morte de 2 mil civis em sete dias de bombardeios.
De acordo com os ucranianos, 21 pessoas morreram em um dia no local. A Rússia disse ter desembarcado tropas nos últimos momentos em Kharkiv.
Tropas russas aerotransportadas chegaram na madrugada a Kharkiv, segundo o Serviço de Segurança do país. Os ucranianos afirmam que os russos se envolveram em intensos combates com as forças locais.
A Rússia anunciou que fará exercícios com submarinos nucleares e lança-mísseis terrestres. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, o treinamento será realizado apenas em território russo, e não em terras ucranianas. Os submarinos nucleares navegam nas águas do Mar de Barents, e os lançadores de mísseis estão sendo utilizados na Sibéria.
Torre atacada
No início da tarde de terça-feira (1º/3), o exército russo bombardeou uma torre de transmissão de TV em Kiev, capital ucraniana. O ataque matou ao menos cinco pessoas, segundo a Ucrânia.
A investida é uma tentativa de impedir a circulação de informações sobre os conflitos, a estratégia militar e os pontos atacados mais recentemente. Canais de TV saíram do ar.
Avanço russo
As tropas russas já cercam ao menos nove cidades do país. Além da capital Kiev, coração do poder ucraniano, Kharkiv, Mariupol, Berdyansk, Kherson, Chernihiv, Odessa, Lutsk e Liviv têm militares russos.
O prefeito de Mariupol, Vadym Boychenko, no sudeste da Ucrânia, afirmou que nas últimas 14 horas a cidade foi atacada “sem parar” por forças russas e sofreu muitas perdas.
O fornecimento de água foi interrompido. Forças russas estariam impedindo a retirada de civis. Ele deu as declarações ao vivo em uma transmissão de um canal de TV da Ucrânia.
O Exército russo ampliou o megacomboio que cercará Kiev, capital ucraniana e coração do poder. As tropas, que cobrem um extensão de 64 quilômetros, se aproximam da cidade.
O megacomboio é formado por tanques, peças de artilharia, veículos de transporte, contêineres com armas e outros equipamentos de logística militar. O grupo está ao redor do aeroporto de Antonov, distante 25 quilômetros do centro de Kiev.