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Rússia: adesão de Finlândia e Suécia à Otan constitui “grave erro”

Vice-ministro de Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Riabov, afirmou que a entrada dos países deve ter “consequências consideráveis”

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Soldados da Otan aparecem em registro no Afeganistão-Metrópoles
1 de 1 Soldados da Otan aparecem em registro no Afeganistão-Metrópoles - Foto: Getty Images

O vice-ministro de Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Riabkov afirmou, nesta segunda-feira (16/5), que as candidaturas da Suécia e da Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) podem ser consideradas um “grave erro”. Adesão dos países à aliança militar ocorre em resposta à invasão russa contra a Ucrânia, que já dura cerca de três meses.

“É um grave erro cujas consequências podem ser consideráveis”, declarou a autoridade russa. Segundo Riabkov, a resposta do Kremlin dependerá das “consequências práticas da adesão” dos países nórdicos à organização.

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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial
Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido
Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria
A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros
A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia
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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial

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Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido

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Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria

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A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros

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A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia

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O período de bipolaridade entre EUA e URSS dividiu o mundo. Os dois países e seus respectivos aliados mantinham-se em alerta para eventuais ataques bélicos

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A Otan investiu em tecnologia de defesa, na produção de armas estratégicas e também espalhou pelas fronteiras soviéticas sistemas de defesa antimísseis

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Na fase final da Guerra Fria, a organização passou a assumir novos papéis. Em 1990, sob ordem do Conselho de Segurança da ONU, a Otan interveio no conflito da ex-Iugoslávia. Foi a primeira vez que agiu em território de um Estado não membro

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Em 2001, a Otan anunciou a aplicação do princípio da segurança coletiva: um ataque feito a um país membro seria um ataque contra todos os demais

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Como os ataques terroristas ocorridos em setembro de 2001 foram considerados atos de guerra pelo governo norte-americano, a cláusula foi acionada. Por esse motivo, a organização participou da invasão ao Afeganistão

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Além de ver o terrorismo como nova ameaça, a Otan colaborou com operações de paz e realizou ajuda humanitária, como aos sobreviventes do furacão Katrina, em 2005

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Soldados da Otan também realizaram operações militares em zonas conflituosas do mundo, como o Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África

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Atualmente, a aliança é composta por 32 países, localizados principalmente na Europa

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Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia são os três países classificados como “membros aspirantes” à organização. Porém, para a Rússia, a perspectiva da antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável

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“Para nós, é evidente que a segurança da Suécia e da Finlândia não vai sair reforçada desta decisão”, disse. O vice-ministro acrescentou ainda que “o nível da tensão militar [está] a aumentar”, conforme reportado pela agência Interfax.

A Rússia considera a aproximação da Otan a países vizinhos uma ameaça ao seu território. Uma das justificativas dadas pelo governo russo para a invasão da Ucrânia foi justamente o interesse do país em integrar a organização.

Novas adesões

No domingo (15/5), o presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, e a primeira-ministra, Sanna Marin, anunciaram que o país nórdico pretende se inscrever na Otan. A decisão representa uma expansão da aliança militar ocidental de 30 membros, hoje envolvida na guerra da Rússia na Ucrânia.

Autoridades da Suécia afirmaram, na última semana, que também devem solicitar adesão ao grupo militar em breve. Além da Finlândia e da Suécia, a Otan avalia ainda o pedido de ingresso da Geórgia.

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