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Rubio, anti-Lula e pró-Bolsonaro, poderá chefiar diplomacia de Trump

O senador pela Flórida Marco Rubio é um dos principais nomes cotados para assumir o cargo. Ele já atacou Lula e Alexandre de Moraes

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1 de 1 Imagem colorida de Donald Trump e Marco Rubio - Metróples - Foto: Chip Somodevilla/Getty Images

Senador pela Flórida, Marco Rubio é o nome mais cotado para ser o chefe da diplomacia dos Estados Unidos no governo de Donald Trump. Polêmico, Rubio, de 53 anos, é um velho conhecido do Brasil: já fez críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e também ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Por outro lado, já demonstrou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Marco Rubio é neto de imigrantes cubanos, mas tem adotado posturas cada vez mais duras em relação a Cuba, à Venezuela, à China e ao Irã e se coloca a favor do fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

A Lula e a Moraes, a críticas ocorreram, principalmente, após a suspensão da rede social de Elon Musk, o X, no Brasil.

“Há algum tempo, tenho ouvido falar da campanha de censura governamental em andamento no Brasil. A recente decisão de proibir o X é a mais recente manobra do juiz Alexandre de Moraes para minar as liberdades básicas. Para o bem das liberdades básicas e de nosso relacionamento bilateral, o Brasil deve retificar essa medida autoritária”, escreveu Rubio no próprio X.

Em uma crítica nominal ao presidente Lula, Rubio afirmou que “o banimento do X no Brasil, sob a administração Lula, levanta sérias preocupações sobre a liberdade de expressão e o alcance do Judiciário”.

Marco Rubio, em 2023, utilizou suas redes sociais para criticar a relação de Lula com Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, afirmando que Lula é o “mais recente líder da extrema esquerda a negar crimes ocorridos em Caracas”.

Quando o presidente Lula foi eleito, Rubio escreveu um artigo em que criticava o movimento de aproximação do petista com os chineses. As críticas à China e o discurso opositor ao país são marcas de Rubio e um dos motivos para ser o principal cotado de Donald Trump para assumir a diplomacia dos EUA.

“Quando Lula precisar de grandes quantias de dinheiro e sem fazer perguntas, ele recorrerá à China. Essa é uma má notícia para todos em nossa região. A história dos projetos econômicos da China é uma história em que Pequim mantém governos estrangeiros como reféns por meio de uma diplomacia de armadilha de dívidas. Mas, embora a abertura de Lula para Pequim seja um erro, ela também revela o fracasso dos esforços de financiamento internacional dos Estados Unidos”, afirmou Rubio.

Família Bolsonaro

O senador republicano, já em 2019, demonstrou apoio a Jair Bolsonaro e defendeu a aproximação de ex-presidente brasileiro com Donald Trump.

“Está inaugurando uma nova era na política brasileira que marca um afastamento dramático dos governos esquerdistas e antiamericanos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff”, ressaltou Rubio, à época. “O novo governo de Bolsonaro apresenta uma oportunidade de garantir uma aliança mais forte e estratégica com nossa nação que pode beneficiar o povo brasileiro”, completou o senador.

Rubio também tem uma relação de proximidade com o deputado federal brasileiro Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Bolsonaro. Em 2020, os dois chegaram a postar uma foto juntos.

Na legenda Eduardo Bolsonaro escreveu que o “senador Marco Rubio @marcorubio (Rep.-Florida) é muito querido pelos brasileiros nos EUA! Ele dá o tom quando o assunto é Cuba, Venezuela e Am. Latina dentro do Congresso dos EUA e tem feito um extraordinário trabalho, principalmente sobre a escravidão dos médicos cubanos”.

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Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Marco Rubio

Reprodução

Quando Jair Bolsonaro foi eleito em 2018, Rubio afirmou que “para a paz e a estabilidade da região, é crucial que os Estados Unidos capitalizem essa oportunidade histórica de aproximar as duas nações mais populosas do Hemisfério Ocidental”, pois um Brasil mais “estreitamente alinhado” com os EUA seria um “multiplicador de forças” na região.

O senador ainda destacou que o governo Bolsonaro ajudaria os EUA a combater “as intenções malignas de regimes autoritários como China, Rússia e Irã, que pretendem expandir sua presença e atividades na América Latina”.

“Juntos, podemos ajudar a afastar os países pequenos de sua dependência do petróleo venezuelano, que ajuda a criar dependência do regime do presidente venezuelano Nicolas Maduro, um patrocinador estatal do tráfico de drogas (embora negue isso)”, disse ele. “Ao mesmo tempo, essa parceria provavelmente aumentará a cooperação e e o compartilhamento de tecnologia”, afirmou Rubio.

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