Rival de Trump ataca brasileiros: “Não têm o direito de vir aos EUA”
Pré-candidato à Presidência dos EUA, Ron DeSantis, governador da Flórida, é o maior rival de Donald Trump nas prévias do Partido Republicano
atualizado
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O governador do estado da Flórida, Ron DeSantis, afirmou nesta terça-feira (22/8) que pessoas que estão no Brasil “não têm o direito de vir” para os Estados Unidos (EUA). A fala foi feita durante entrevista para a rádio WGIR.
DeSantis é pré-candidato à Presidência dos EUA. Ele é o principal rival do ex-presidente Donald Trump dentro do Partido Republicano.
“A forma como eu vejo a imigração é: se você está na Polônia ou no Brasil ou em qualquer outro lugar, você não tem o direito de vir para este país. As pessoas vêm porque o povo americano pensa que é do nosso interesse ter as pessoas vindo”, argumentou Ron DeSantis.
O político afirmou que, caso seja eleito, a política de imigração será “como no Canadá ou na Austrália”, focada nas habilidades dos imigrantes, e não em uma “cadeia de imigração”.
Um cidadão dos EUA poderia, de acordo com o pré-candidato, trazer a esposa estrangeira ou os filhos. “Mas trazer primos e essas coisas, não”.
Quem é DeSantis
O nome de Ron DeSantis começou a ganhar força como um possível adversário do presidente Joe Biden após a reeleição por ampla margem ao governo da Flórida, em novembro do ano passado. No entanto, analistas duvidavam se o ex-atleta teria musculatura política para enfrentar uma disputa de longa distância como a que leva à Casa Branca.
O ex-parlamentar iniciou a carreira política em 2012 na Câmara dos Representantes, e ganhou repercussão nacional por exercer forte oposição aos controles impostos durante a pandemia da Covid-19.
Nas últimas eleições de meio de mandato dos EUA, em novembro do ano passado, ele cravou uma vitória prodigiosa e conseguiu consolidar o estado sulista como o segundo reduto republicano mais populoso dos EUA.
o ano passado, DeSantis anunciou um projeto de lei que proíbe o ensino sobre orientação sexual e identidade de gênero nas escolas, em turmas para crianças de 5 a 9 anos de idade, e também abre a possibilidade de que esses temas sejam banidos em aulas voltadas para crianças mais velhas e adolescentes.
Ele também travou uma disputa contra a Disney e baniu 54 livros didáticos de matemática por críticas ao racismo.