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Risco de terceira guerra mundial é real, diz ministro de Putin

Ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, afirmou, no entanto, que o país continuará com discussões para um acordo de paz com a Ucrânia

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Misseis disparados pela Ucrânia contra a Rússia após invasão - Metrópoles
1 de 1 Misseis disparados pela Ucrânia contra a Rússia após invasão - Metrópoles - Foto: Getty Images

O ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, afirmou, nesta segunda-feira (25/4), que o país continuará discussões para um acordo de paz com a Ucrânia, mas que ainda há um “risco real” de uma terceira guerra mundial.

“O risco de uma guerra mundial é sério, é real, você não pode subestimá-lo”, disse.

Lavrov ainda chamou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de “bom ator”, e o acusou de “fingir estar negociando” com a Rússia.

“Boa vontade tem seus limites. Mas, se não é recíproco, isso não ajuda no processo de negociação”, afirmou. “Mas nós continuamos a investir nas negociações com a equipe designada por Zelensky, e esse contato continuará.”

Ele ressaltou que está confiante de que “tudo terminará com a assinatura de um acordo”, mas que “os parâmetros serão definidos pelo estado do conflito que já aconteceu até o momento em que o acordo se tornar realidade”.

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De 1992 até 1995, a guerra pela independência da Bósnia, envolvendo grupos étnicos que existiam na região, deixou cerca de 200 mil mortos e cidades destruídas. O conflito também ficou conhecido pela remoção da população bósnia-muçulmana do país
Após declarar independência, em 1991, a Chechênia foi atacada pela Rússia, que não aceitou a decisão do Estado. Apesar da tentativa, o exército do país de Putin não obteve êxito e foi derrotado pelos chechenos
O conflito, no entanto, se arrastou até 1996 e deixou o saldo de aproximadamente 46 mil pessoas mortas, cidades completamente destruídas e milhares de pessoas desabrigadas. Até hoje a violência dos russos durante a Primeira Guerra da Chechênia chama atenção. Além das centenas de assassinatos, tropas russas estupraram, mutilaram e torturaram os chechenos
Em 1999, Kosovo entrou em guerra com a Iugoslávia pela independência. Sob o comando do presidente iugoslavo, Slobodan Milosevic, que não aceitava perder a província, forças sérvias atacaram o povo kosovar e cerca de 2 mil pessoas foram mortas. A guerra do Kosovo foi o primeiro conflito armado envolvendo a OTAN e foi a maior crise humanitária ocorrida na Europa desde o fim da 2ª Guerra Mundial
Em 1999, após a Chechênia explodir um edifício russo, Putin mandou que tropas atacassem a capital de sua ex-república. A partir daí, os dois países declararam guerra. Mais de 40 mil pessoas morreram durante a 2ª Guerra da Chechênia, que foi considerada uma das mais brutais
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A invasão da Rússia ao território ucraniano --possibilitando, segundo a Otan, o maior conflito armado na Europa desde a 2ª Guerra Mundial --trouxe, naturalmente, comparações com conflitos anteriores. Lembre os principais

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De 1992 até 1995, a guerra pela independência da Bósnia, envolvendo grupos étnicos que existiam na região, deixou cerca de 200 mil mortos e cidades destruídas. O conflito também ficou conhecido pela remoção da população bósnia-muçulmana do país

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Após declarar independência, em 1991, a Chechênia foi atacada pela Rússia, que não aceitou a decisão do Estado. Apesar da tentativa, o exército do país de Putin não obteve êxito e foi derrotado pelos chechenos

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O conflito, no entanto, se arrastou até 1996 e deixou o saldo de aproximadamente 46 mil pessoas mortas, cidades completamente destruídas e milhares de pessoas desabrigadas. Até hoje a violência dos russos durante a Primeira Guerra da Chechênia chama atenção. Além das centenas de assassinatos, tropas russas estupraram, mutilaram e torturaram os chechenos

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Em 1999, Kosovo entrou em guerra com a Iugoslávia pela independência. Sob o comando do presidente iugoslavo, Slobodan Milosevic, que não aceitava perder a província, forças sérvias atacaram o povo kosovar e cerca de 2 mil pessoas foram mortas. A guerra do Kosovo foi o primeiro conflito armado envolvendo a OTAN e foi a maior crise humanitária ocorrida na Europa desde o fim da 2ª Guerra Mundial

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Em 1999, após a Chechênia explodir um edifício russo, Putin mandou que tropas atacassem a capital de sua ex-república. A partir daí, os dois países declararam guerra. Mais de 40 mil pessoas morreram durante a 2ª Guerra da Chechênia, que foi considerada uma das mais brutais

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Conhecido como Guerra Russo-Georgiana, o conflito deixou mais de 800 pessoas mortas e, após a guerra, a Rússia reconheceu a independência de dois territórios separatistas da Geórgia

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Recentemente, a relação conturbada entre Rússia e Ucrânia tem deixado o mundo em alerta. O conflito entre os países, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, o contexto histórico relacionado ao século 19 pode explicar a situação

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho e evitar avanços de possíveis adversários nesse local

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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Após a Ucrânia não ceder às exigências de Putin, que incluem a não entrada do país na Otan, a Rússia invadiu o território ucraniano

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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Guerra Nuclear também é risco

Sergei Lavrov também afirmou, nesta segunda, que o país não pretende “aumentar” a chance de uma guerra nuclear.

“Esta é nossa posição, na qual baseamos tudo. Os riscos agora são consideráveis”, declarou. “Eu não quero aumentar esses riscos artificialmente. Muitos gostariam disso. O perigo é sério, real, e não podemos subestimá-lo”.

Nesta segunda, o Kremlin acusou a Ucrânia de atacar a cidade russa de Belgorod, na fronteira entre os países. Informações iniciais apontam que duas pessoas ficaram feridas. Autoridades ucranianas ainda não se manifestaram sobre o caso.

O suposto ataque foi comunicado pelo governador da região, Vyacheslav Gladkov, na tarde desta segunda.

Belgorod está localizada a cerca de 30 quilômetros da fronteira com a Ucrânia, e a aproximadamente 70 quilômetros de Kharkiv, a cidade mais importante do leste ucraniano.

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