Representante da Ucrânia cobra “reação mais forte do Brasil”
“Gostaríamos de contar com o apoio do Brasil”, frisou o encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoly Tkach
atualizado
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O encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoly Tkach, apresentou um balanço da reação do país contra os ataques russos e pediu apoio internacional para controlar o conflito.
Nesta sexta-feira (25/2), em entrevista coletiva à imprensa, Anatoly pediu mais armas aos países parceiros e ajuda humanitária. O Brasil foi alvo de cobranças.
“Gostaríamos de contar com o apoio do Brasil. Esperamos uma reação mais forte do Brasil”, frisou Anatoly.
O governo brasileiro segue sem condenar a invasão. Posição do vice-presidente, general Hamilton Mourão, e do presidente Jair Bolsonaro (PL), caminharam em sentidos antagônicos.
Na mesma tendência, o representante ucraniano, cobrou mais atuação internacional. “Condenações são boas, mas necessitamos também de ações”, salientou.
Ele emendou. Nesse momento estamos pedindo aos nossos parceiros para impor sanções. Pedimos que adotem medidas como isolamento da Rússia em fóruns internacionais, financeiros, mais armas defensivas e condenações à Rússia”, descreveu.
A embaixada informou que sete aviões russos, 30 tanques e 130 veículos blindados foram destruídos. Ao todo, 800 soldados russos foram mortos.
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.
Kiev sitiada
A Ucrânia vive o segundo dia de bombardeios. Kiev, capital do país e coração do poder, está sitiada por militares. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, defendeu a ação militar e garantiu que os russos não pretendem recuar.
Nesta sexta-feira (25/2), agencias internacionais de notícias relataram que soldados russos já estão na cidade. As tropas fecharam um dos acessos à capital ucraniana. Disparos de mísseis foram ouvidos na cidade.
O prefeito da cidade de Kiev, Vitaly Klitschko, afirmou que o município entrou em uma fase defensiva.
O Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou que as forças russas cercaram Kiev pelo distrito de Obolon, distante poucos quilômetros do centro de Kiev. A informação foi divulgada pelo jornal americano The New York Times.
Autoridades municipais disseram que a cidade está em “fase de defesa” e recomendaram que os moradores “preparem coquetéis molotov” para deter os invasores.
O governo ucraniano alertou a comunidade internacional sobre o aumento da radiação nuclear radioativa na região de Chernobyl. O local está sob controle russo.”