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Represália russa deixa mortos em cinco cidades; Ucrânia está em alerta

A tensão é tamanha que sirenes de alerta, principal aviso de risco de bombardeio, foram acionadas em diversas cidades

atualizado

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Serviço de Emergência da Ucrânia/Facebook
Bombeiros tentando apagar chamas de prédios bombardeado por russos -- Metr®´
1 de 1 Bombeiros tentando apagar chamas de prédios bombardeado por russos -- Metr®´ - Foto: Serviço de Emergência da Ucrânia/Facebook

A represália russa contra os ataques ucranianos ao seu território começa a deixar um rastro de destruição ainda maior no Leste Europeu. Ao menos cinco cidades já confirmaram mortos nas últimas horas.

A tensão é tamanha, inclusive sirenes de alerta, principal aviso de risco de bombardeio, foram acionadas em diversas cidades, entre elas Kiev, a capital, Lviv e Mykolayv.

Neste sábado (16/4), pelo menos uma pessoa morreu e outras 18 ficaram feridas quando um míssil russo atingiu um dos distritos centrais da região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, segundo o governador regional.

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Militares removem parte de um foguete Grad de uma estrada após um recente ataque russo  em Kharkiv, Ucrânia
Bombeiros trabalham para extinguir um incêndio em um armazém causado por recente bombardeio russo em Kharkiv, Ucrânia
O casal ucraniano Igor Sherykhalin (29) e Katerina Ryzhkova (30) são vistos em sua casa na rua Maliovnichi depois que as forças ucranianas recuperaram o controle em Hostomel, Ucrânia
Bombeiros trabalham removendo escombros na região de Borodyanka, em Kiev na Ucrânia
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Mortos são vistos durante os trabalhos de remoção de detritos na região de Borodyanka, em Kiev, Ucrânia

Metin Aktas/Anadolu Agency via Getty Images
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Militares removem parte de um foguete Grad de uma estrada após um recente ataque russo em Kharkiv, Ucrânia

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Bombeiros trabalham para extinguir um incêndio em um armazém causado por recente bombardeio russo em Kharkiv, Ucrânia

Chris McGrath/Getty ImagesChris McGrath/Getty Images
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O casal ucraniano Igor Sherykhalin (29) e Katerina Ryzhkova (30) são vistos em sua casa na rua Maliovnichi depois que as forças ucranianas recuperaram o controle em Hostomel, Ucrânia

Metin Aktas/Anadolu Agency via Getty Images
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Bombeiros trabalham removendo escombros na região de Borodyanka, em Kiev na Ucrânia

Metin Aktas/Anadolu Agency via Getty Images
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Policial ucraniano carrega munição militar durante os trabalhos de remoção de detritos em andamento na região de Borodyanka, em Kiev, Ucrânia

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Ucraniano mostra local que um foguete vazio atingiu o telhado do edifício residencial em Kharkiv, Ucrânia

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Andriy Dorozhko e militares ucranianos carregam o caixão de seu pai e colega soldado Victor Dorozhko para o cemitério Lychakiv em Lviv, Ucrânia

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Parentes de uma vítima de guerra ucraniana choram ao lado do caixão morto devido aos ataques russos em Bucha

Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Túmulo de soldado ucraniano morto em ação de combate durante a invasão russa na Ucrânia no cemitério militar de Dnipropetrovsk

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Homem olha para uma casa destruída pelo exército russo na aldeia de Korolivka, na região de Kiev

Sergei Chuzavkov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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Vista aérea da exumação dos corpos de civis que morreram durante os ataques russos, da segunda vala comum, encontrada no quintal da Igreja de St. Andrea em Bucha, Ucrânia

Metin Aktas/Anadolu Agency via Getty Images

 

As autoridades ucranianas já confirmaram duas mortes em ataques aéreos russos em Poltava, Severodonetsk e Lysychansk, no leste do país. Lá, os ataques foram intensificados.

Em Chernihiv, o governo relata dificuldades de se defender dos ataques por não entender a dinâmica que as tropas russas estão executando.

O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, confirmou que uma pessoa foi morta e várias ficaram feridas após ataques de mísseis na capital.

Segundo Moscou, uma fábrica de produção de blindados e mísseis na região de Kiev foi alvejada.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, estima que desde o início da invasão, em 24 de fevereiro, morreram entre 2,5 mil e 3 mil soldados na defesa do país. Dez mil ficaram feridos.

Tensão

A tensão no Leste Europeu voltou a subir após novos ataques ucranianos contra o território russo. O país liderado por Vladimir Putin, que havia prometido trégua a Kiev, sinalizou que vai voltar a bombardear a capital.

A escalada da violência também é influenciada pelo naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque.

A Rússia e a Ucrânia vivem embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar coordenada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Volodymyr Zelensky, em 24 de fevereiro. Neste sábado, a guerra completa 52 dias.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

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