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Repórter que acompanhava cinegrafista da Fox News também morre

Oleksandra Kuvshynova, segundo informações de agências internacionais de notícias, não resistiu aos ferimentos provocados por um bombardeio

atualizado

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Grupo de jornalistas da Fox News em conflito na Ucrânia - Metrópoles
1 de 1 Grupo de jornalistas da Fox News em conflito na Ucrânia - Metrópoles - Foto: SusanLiTV/Reprodução/Twitter

Morreu a repórter Oleksandra Kuvshynova (no centro da foto em destaque, de máscara), de 24 anos, que acompanhava o cinegrafista Pierre Zakrzewski, de 55, morto enquanto cobria pela rede norte-americana Fox News o conflito na Ucrânia. Com isso, sobe para três o número de profissionais da imprensa vítimas dos ataques. Um terceiro jornalista está internado.

Na tarde dessa segunda-feira (14/3), de acordo com informações de agências internacionais de notícias, Kuvshynova não resistiu aos ferimentos provocados por um bombardeio em Kiev.

Kuvshynova colaborava com a equipe da emissora como consultora. No ataque, o correspondente Benjamin Hall também foi atingido e está hospitalizado.

Antes, o apresentador John Roberts, do mesmo canal, anunciou a morte de Pierre Zakrzewski. “Notícia horrível para relatar”, lamentou nesta terça-feira (15/3).

John Roberts homenageou o colega. “Trabalhei com Pierre muitas vezes ao redor do mundo. Ele era um tesouro absoluto. Enviando nossas mais sinceras orações à esposa e à família de Pierre”, frisou.

Os governos da Ucrânia e da Rússia ainda não se manifestaram oficialmente sobre o caso até a mais recente atualização desta reportagem.

Fox lamenta

A CEO da Fox News, Suzanne Scott, lamentou as mortes, em um comunicado, e detalhou que os jornalistas quando o veículo em que os três viajavam foi atingido por fogo no campo na terça-feira (14/3).

Scott justificou que a emissora aditou a notícia das mortes “por respeito à sua família, com quem temos mantido contato e estendemos nossas mais profundas condolências a eles”.

Outra morte

No domingo (13/3), o jornalista e documentarista americano Brent Renaud, de 50 anos, foi baleado e morto na cidade de Irpin, nos arredores de Kiev.

A informação foi divulgada pela agência internacional de notícias Reuters. O chefe de polícia da região de Kiev confirmou que ele foi alvejado por soldados russos.

Brent Renaud era experiente em coberturas em áreas de conflito. Cobriu as guerras no Iraque e no Afeganistão, e esteve no Haiti depois do terremoto de 2010. Ele era colaborador da revista Time e já havia trabalhado no jornal The New York Times.

Ainda segundo a polícia, outro repórter, que estava com o jornalista morto, também foi atingido e levado a um hospital em Kiev.

Kiev em colapso

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, lamentou a situação de Kiev, capital ucraniana e coração do poder. A cidade vive o segundo dia de bombardeios massivos. Civis estão na mira dos ataques.

Nesta terça-feira (15/3), em pronunciamento gravado, Zelensky fez um alerta categórico. “Russos consideram como meta principal conquistar Kiev”, frisou.

Com risco extremo, o prefeito de Kiev, Wladimir Klitschko, decretou um toque de recolher de 35 horas na cidade coração do poder. A medida vai valer da noite desta terça-feira até a quinta-feira (17/3). Ao menos cinco pessoas morreram nesta manhã na cidade.

Clique aqui e veja a cobertura completa da guerra na Ucrânia. 

Os primeiros-ministros da Polônia, Mateusz Morawiecki; da República Tcheca, Petr Fiala; e da Eslovênia, Janez Janša; viajaram para Kiev nesta terça-feira.

A visita é uma sinalização de apoio à Ucrânia por parte da União Europeia. Eles são os primeiros líderes que visitam a capital ucraniana desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro.

No segundo dia consecutivo com ataques a prédios residenciais em Kiev, mais duas pessoas morreram após bombardeio russo, nesta terça-feira. De acordo com o serviço de emergência da Ucrânia, 46 pessoas tiveram de ser resgatadas.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

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