Religioso afirma que câncer em bebê é culpa de mães lésbicas
O homem ainda se recusou a fazer uma doação para a campanha que tenta juntar dinheiro para o tratamento da menina
atualizado
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As mães adotivas da pequena Callie Junem, de 1 anos e 6 meses, estão fazendo uma campanha na internet na tentativa de arrecadar dinheiro para o tratamento de um neuroblastoma na menina, câncer nas glândulas adrenais muito agressivo.
Porém, Tiffany e Albree Shaffer afirmam que um homem, Bren Marie, desistiu de fazer uma doação de R$ 29 mil após descobrir que as duas são casadas. O religioso ainda fez uma postagem nas redes sociais no qual atacou as mulheres, dizendo que a doença da criança era culpa da orientação sexual delas.
“Minhas orações para Callie. Eu ia doar R$ 29 mil para seu tratamento, mas eu descobri que suas mães são lésbicas. Então, eu decidi doar para outro lugar. Desculpe. Eu ainda vou rezar por ela, mas eu acho que o câncer dela é um jeito de Deus chamar a atenção de vocês para o fato de que ela deve ter um pai e uma mãe e não duas mães”, escreveu ele.
O casal não se calou diante da acusação e, também pelas redes, mostrou sua indignação. “Minha filha está muito doente, ela corre risco de vida… E então alguém vem e nos diz isso. Essa é uma atitude nojenta. Se você não concorda com a forma como nossa família é, guarde para você, não diga nada! O que a Callie precisa é de amor e apoio, não ódio!”, responderam as duas, ante o comentário homofóbico.
Callie terá de passar por sessões de quimioterapia por 18 meses. Além disso, a garota precisa de um transplante de medula, bem como uma cirurgia para a remoção do tumor. A campanha, até agora, já conseguiu reunir o equivalente a R$ 190 mil. Para ajudá-la, basta acessar este site.