Papa Francisco pede que lágrimas do Holocausto não sejam esquecidas
Nesta sexta-feira (27/1), celebrações marcam os 72 anos que o exército da União Soviética invadiu o campo de concentração de Auschwitz
atualizado
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O papa Francisco usou as redes sociais para enviar sua mensagem pelo Dia da Memória pelas Vítimas do Holocausto, celebrado nesta sexta-feira (27/1). “Hoje desejo fazer memória no coração de todas as vítimas do Holocausto. Seu sofrimento, suas lágrimas, nunca sejam esquecidos”, escreveu o pontífice em suas nove contas no Twitter.
Nesta sexta-feira, diversas celebrações pela Europa marcam os 72 anos que o exército da antiga União Soviética invadiu o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, e pôs fim à sangrenta morte de judeus no local durante a Segunda Guerra Mundial.
Pouco antes de publicar sua mensagem, Jorge Mario Bergoglio recebeu uma delegação do European Jewish Congress, um grupo que representa os judeus na Europa. A conversa foi de caráter privado e não houve declaração oficial do Vaticano.No entanto, o padre Norbert Hofmann, secretário da Comissão da Santa Sé para os Relacionamentos Religiosos com o Judaísmo, informou que o papa iniciou o encontro ressaltando que essa era uma data importante tanto para os judeus como para “todos nós porque recordar as vítimas do Holocausto é importante para que essa tragédia humana não se repita mais”.
“O Papa disse que na sua família, seu pai sempre recebia os judeus. Então, ele cresceu em uma atmosfera favorável aos judeus. Falando de sua história pessoal, disse que os judeus sempre o visitavam, desde pequeno, e que o nosso Papa aprendeu a ter sempre amigos judeus”, relatou Hofmann.
O líder do grupo Moshe Kantor, destacou a “importância da ética, dos valores cristãos e judaicos que temos em comum”, relatou o padre.
Em julho do ano passado, Francisco fez uma visita aos campos de concentração de Auschwitz e Birkenau, durante sua ida à Polônia na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), e deixou uma mensagem em espanhol pedindo a Deus para “perdoar” a humanidade “por tanta crueldade”.