Papa Francisco critica “negacionismo” de vacina entre cardeais
O religioso foi vacinado, em janeiro deste ano. Na ocasião, ele afirmou que a imunização se tratava de uma obrigação ética
atualizado
Compartilhar notícia
O papa Francisco defendeu, mais uma vez, a vacinação contra a Covid-19. Nesta quarta-feira (15/9), em conversa com jornalistas, ele criticou os cardeais que se negam a tomar os imunizantes.
O pontífice revelou que sabe de “um pequeno grupo” não tomou vacina. “Também no colégio cardinalício há alguns negacionistas. E um desses, coitado, foi internado com o vírus. No Vaticano, todos foram vacinados, enquanto há um pequeno grupinho que está estudando como ajudar”, disse. Para o papa, a postura “é estranha”, já que “a humanidade tem uma história de amizade com as vacinas”.
“Desde pequenos, também contra o sarampo, a poliomielite, todas as crianças eram vacinadas e ninguém falava nada. Talvez isso que acontece agora ocorre por conta da virulência e da incerteza não apenas da pandemia, mas também pela diversidade entre as vacinas”, reforçou.
Para o religioso, essa quantidade de informações que circularam acabaram “provocando medo” em muitas pessoas. “Eu não sei explicar bem os motivos. Alguns dizem que é pela diversidade, outros que não foram suficientemente testadas e têm medo. Mas é preciso esclarecer sempre e falar com serenidade.”
Apelo
Em agosto, o papa fez um apelo para que as pessoas se vacinem contra a Covid-19 a fim de que o mundo possa caminhar para o fim da pandemia. Ele também pediu pela distribuição justa do imunizante para todas as nações.
“A vacinação é uma forma simples, mas profunda, de promover o bem comum e cuidar uns dos outros, especialmente dos mais vulneráveis. Rezo a Deus para que todos possam contribuir com seu pequeno grão de areia, seu pequeno gesto de amor”, disse o papa em uma mensagem de vídeo feita pelo Conselho de Publicidade e a coalizão de saúde pública Covid Collaborative, um grupo sem fins lucrativos dos Estados Unidos.
Quando foi vacinado, em janeiro deste ano, Francisco afirmou que a ação se tratava de uma obrigação ética.