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Relembre o caso do submarino Titan, que afundou com milionários

Tragédia no fundo do mar: do desaparecimento ao desfecho catastrófico, a saga do submarino Titan e as vidas perdidas nas profundezas do mar

atualizado

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Em 18 de junho, o submarino Titan, operado pela OceanGate Expeditions, desapareceu no Oceano Atlântico, próximo à costa de Terra Nova, no Canadá. Quatro dias depois, na quinta-feira (22/6), o contra-almirante da Guarda Costeira dos Estados Unidos, John Mauger, anunciou o falecimento dos cinco tripulantes a bordo, resultante de uma implosão catastrófica.

Assim se encerrou uma operação internacional de busca e resgate pelos desaparecidos, que chamou a atenção do mundo. Além do biolionário aventureiro Hamish Harding, as vítimas incluíam Stockton Rush, CEO e fundador da OceanGate; o bilionário paquistanês Shahzada Dawood e o filho Suleman Dawood; e o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet, especialista no navio Titanic.

Relembre os últimos dias do submarino Titan e seus tripulantes:

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Local da Implosão
Foto da traseira da embarcação Titan
Guarda Costeira dos EUA irá liderar investigação, junto de equipes do Canadá e da França
Vítimas do submarino Titan oceangate
Suleman Dawood, de 19 anos, gostava de resolver cubo mágico com rapidez
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Submarino Titan da OceanGate desapareceu durante tour aos destroços do Titanic

OceanGate / Handout/Anadolu Agency via Getty Images
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Local da Implosão

Arte/Metrópoles
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Foto da traseira da embarcação Titan

Reprodução / AP
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Guarda Costeira dos EUA irá liderar investigação, junto de equipes do Canadá e da França

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Vítimas do submarino Titan oceangate

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Suleman Dawood, de 19 anos, gostava de resolver cubo mágico com rapidez

Reprodução/BBC
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Navio de pesquisa francês, L'Atalante, aproximadamente 900 milhas a leste de Cape Cod durante a busca pelo Submersível de 21 pés, Titan

U.S. Coast Guard via Getty Images
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Navio de pesquisa Deep Energy depois de chegar à área onde estava o OceanGate Titan

Us Coast Guard/Handout/Anadolu Agency via Getty Images
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Foto em um tablet mostra Arthur Loibl, um ex-passageiro do "Titan", em frente ao minisubmarino do provedor Oceangate Expeditions

Armin Weigel/picture alliance via Getty Images
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Navio francês L'Atalante fez buscas pelo submersível desaparecido em expedição aos destroços do Titanic

Stéphane Lesbats/Ifreme

Domingo, 18/6

A cerca de 1,4 mil km da costa de Cape Cod, Massachusetts, fica o local do naufrágio do Titanic. A expedição, com custo de US$ 250 mil por pessoa e prometendo uma “oportunidade de escapar da rotina e descobrir algo verdadeiramente extraordinário”, começou sua descida de duas horas a 3,8 mil metros abaixo do nível do mar às 9h, horário de verão do Atlântico.

Por volta das 11h47, o submarino Titan perdeu contato com a embarcação principal. A navegação do submarino era feita exclusivamente por mensagens de texto do navio de superfície, uma vez que o uso de GPS debaixo d’água não era viável.

Às 18h10, o Titan não emergiu conforme programado. Minutos após o ocorrido, as autoridades foram notificadas, desencadeando um esforço internacional de busca e resgate pelos cinco membros da tripulação.

Segunda-feira, 19/6

Segundo o contra-almirante Mauger, o submarino Titan ainda tinha quatro dias de oxigênio em caso de emergência. As equipes da guarda costeira dos EUA e do Canadá iniciaram operações de busca na superfície do oceano, utilizando sonares para detectar sinais abaixo da água. Além disso, navios comerciais foram mobilizados para auxiliar as operações de busca.

Rory Golden, membro da tripulação do navio-mãe da expedição, o Polar Prince, fez um apelo otimista no Facebook, pedindo às pessoas que “pensem positivo. Nós estamos.”

A OceanGate Expeditions, por meio de um comunicado divulgado à noite, assegurou que estava tomando “todas as medidas possíveis” para resgatar os cinco membros da tripulação.

Terça-feira (20/6)

Durante a busca pelo submarino, foram identificados sons de batidas pelos sonares debaixo d’água no Oceano Atlântico Norte, conforme documentos do governo americano relacionados ao incidente.

A Guarda Costeira dos EUA, inicialmente, comunicou que uma aeronave canadense havia detectado os ruídos subaquáticos, mas as investigações para determinar sua origem resultaram em “resultados negativos”, conforme informado via X (antigo Twitter).

Na tarde de terça-feira, o capitão da Guarda Costeira dos EUA, Jamie Frederick, indicou que a embarcação estava com menos de 40 horas de oxigênio. Contudo, as autoridades não conseguiram confirmar se esse período seria suficiente para realizar com sucesso o resgate da tripulação a bordo.

Quarta-feira (21/6)

Conforme informações da Guarda Costeira dos EUA, a aeronave canadense P-3 detectou ruídos subaquáticos na área de busca. Em resposta, veículos subaquáticos operados remotamente foram enviados para explorar a origem desses sons, e os dados resultantes foram encaminhados a especialistas da Marinha americana para análise.

No entanto, o capitão Frederick destacou a incerteza quanto à origem dos ruídos, indicando que não era claro se estavam relacionados ao submarino Titan desaparecido. Ele afirmou: “Não sei dizer quais são os ruídos”, enfatizando, no entanto, que a operação permanecia uma “missão de busca e resgate, 100%”.

Especialistas alertaram para os desafios enfrentados pelos cinco passageiros, especialmente se a embarcação estivesse em águas profundas.“Eles estão congelando. Eles estão todos amontoados tentando conservar o calor do corpo. Eles estão ficando sem oxigênio e exalando dióxido de carbono”, disse o capitão aposentado da Marinha David Marquet em entrevista à CNN.

O governo dos EUA mobilizou ativos militares e comerciais, enquanto aeronaves das Forças Armadas do Canadá, da Guarda Costeira dos EUA e da Guarda Aérea Nacional de Nova York conduziam buscas acima e abaixo da água. A França chegou a contribuir para a missão enviando um navio de pesquisa equipado com um robô subaquático.

Durante esse período, relatórios sobre as operações e práticas de segurança da OceanGate foram divulgados, revelando vulnerabilidades nos submersíveis da empresa.

Quinta-feira (22/6)

Na quinta-feira de manhã, autoridades localizaram destroços do submarino em cinco locais distintos. Cada extremidade do casco de pressão foi descoberta em áreas separadas. Antes da coletiva da Guarda Costeira dos EUA à tarde, a OceanGate Expeditions emitiu uma declaração lamentando a perda dos cinco ocupantes do submarino Titan.

“Agora acreditamos que nosso CEO Stockton Rush, Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood, Hamish Harding e Paul-Henri Nargeolet estão tristemente perdidos”, anunciou a OceanGate em um comunicado.

A OceanGate Inc., proprietária do submarino, confirmou as mortes em comunicado ao Metrópoles, solicitando respeito às famílias nesse “momento de profunda tristeza” (leia a íntegra abaixo).

O contra-almirante Mauger informou que a embarcação sofreu uma “implosão catatrófica”. As famílias foram imediamente notificadas.

“Este é um ambiente incrivelmente implacável lá no fundo do mar, e os destroços são consistentes com uma implosão catastrófica da embarcação”, lamentou Mauger.

A localização precisa e a profundidade exata do Titan no momento da implosão nunca foram completamente esclarecidas. Especialistas afirmam que uma implosão catastrófica é extremamente rápida, ocorrendo em uma fração de milissegundos.

“Em última análise, entre as muitas maneiras pelas quais podemos morrer, isso é indolor”, disse Aileen Maria Marty, ex-oficial da Marinha e professora da Florida International University.

Íntegra da OceanGate

“Agora acreditamos que nosso CEO Stockton Rush, Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood, Hamish Harding e Paul-Henri Nargeolet, infelizmente, foram perdidos.

Esses homens eram verdadeiros exploradores que compartilhavam um distinto espírito de aventura e uma profunda paixão por explorar e proteger os oceanos do mundo. Nossos corações estão com essas cinco almas e todos os membros de suas famílias durante esse período trágico. Lamentamos a perda de vidas e a alegria que eles trouxeram para todos que conheciam.

Este é um momento extremamente triste para nossos funcionários dedicados que estão exaustos e sofrendo profundamente com essa perda. Toda a família OceanGate é profundamente grata aos inúmeros homens e mulheres de várias organizações da comunidade internacional que enviaram recursos de grande alcance e trabalharam arduamente nesta missão.

Agradecemos seu empenho em encontrar esses cinco exploradores e seus dias e noites de trabalho incansável para apoiar nossa tripulação e suas famílias.

Este é um momento muito triste para toda a comunidade de exploradores e para cada um dos familiares daqueles que se perderam no mar. Pedimos respeitosamente que a privacidade dessas famílias seja respeitada durante este momento tão doloroso”.

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