Relatório sobre acidente de avião da Emirates sugere falha na retomada
Um bombeiro foi morto no local do acidente em Dubai, que destruiu o Boeing 777-300 mas não teve consequências sérias para as 300 pessoas a bordo do avião
atualizado
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Os pilotos do avião Emirates que caiu no mês passado, em Dubai, teriam acionado tarde demais os motores da aeronave para conseguir subir aos céus novamente após uma primeira tentativa fracassada de pouso, afirma um relatório preliminar divulgado nesta terça-feira pelas autoridades locais.
Um bombeiro foi morto no local do acidente, que destruiu o Boeing 777-300 mas não teve consequências sérias para as 300 pessoas a bordo do avião, que utilizaram escorregadores de emergência para escaparem.
O acidente é o mais sério da Emirates em mais de três décadas de operação, e o segundo maior desastre de uma empresa aérea apoiada por Dubai em menos de cinco meses.
Segundo o documento de 28 páginas produzido pela autoridade de aviação civil dos Emirados Árabes Unidos, os pilotos receberam um alerta de cisalhamento do vento – uma rápida mudança da direção ou velocidade do vento – quando se aproximavam da pista de pouso em Dubai.
Isso fez com que apenas um dos trens de pouso traseiros tocassem o chão na primeira tentativa de aterrissagem – o segundo tocou três segundos depois. Os pilotos então tentaram retomar aos céus para uma segunda tentativa. Seis segundos depois, eles começaram a recolher os trens de pouso.
No entanto, após atingir apenas 25 metros de distância do solo, a aeronave voltou a perder altitude. Os pilotos então ligaram os motores ao máximo, mas já era tarde demais.
“Ainda estamos fazendo a análise dos dados extraídos da aeronave para determinar a performance técnica dos sistemas do avião e da equipe”, afirmou Ismail Al-Hosani, disse um dos encarregados do relatório.
A Emirates emitiu um comunicado dando boas vindas ao relatório. “A Emirates também conduz sua própria investigação interna para rever o que sabe dos acidente, considerar medidas para melhorar nossa operação e procedimentos”, afirmou.