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Relatório diz que Bento XVI acobertou casos de pedofilia na Alemanha

As investigações, solicitadas pela Igreja Católica, estão sendo feitas pelo escritório de advocacia alemão Westpfahl Spilker Wastl (WSW)

atualizado

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Bento XVI
1 de 1 Bento XVI - Foto: GettyImages

Um relatório independente publicado nesta quinta-feira (20/1) constatou que o papa emérito Bento XVI acobertou casos de abusos sexuais contra crianças na Igreja Católica alemã, quando ele era arcebispo em Munique, cargo que ocupou entre 1977 e 1982. O clérigo nega qualquer alegação de que tivesse conhecimento sobre os abusos.

Os autores do documento disseram, em entrevista coletiva, que o papa não agiu, na época, para impedir que um padre abusasse de quatro meninos.

A inspeção do caso, feita pelo escritório de advocacia alemão Westpfahl Spilker Wastl (WSW) e solicitada pela Igreja Católica, afirmou que Bento XVI foi avisado de que crianças estavam sendo abusadas, mas que não tomou qualquer medida para evitar o crime.

“Ele havia sido informado sobre o que aconteceu”, disse o advogado Martin Pusch, um dos responsáveis pela investigação, na entrevista em Munique.

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O papa emérito renunciou ao cargo em 2013 e foi substituído pelo papa Francisco
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Ele teve um papado envolto em polêmica, mas nega qualquer alegação de que tivesse conhecimento sobre supostos abusos na Igreja Católica

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O papa emérito renunciou ao cargo em 2013 e foi substituído pelo papa Francisco

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Segundo a BBC, os acusados de abuso permaneceram com os cargos na igreja. “Acreditamos que ele pode ser acusado por má-conduta desses quatro casos”, disse Pusch. “Os abusadores continuaram com suas atividades pastorais.”

O escritório investiga alegações de abuso sexual na Arquidiocese de Munique e Freising entre 1945 e 2019. O relatório afirma que houve pelo menos 497 vítimas de abuso, principalmente jovens do sexo masculino.

Pusch afirmou que as declarações de Bento XVI de não ter conhecimento direto dos casos “não eram conciliáveis com os arquivos em evidência”.

O papa emérito, de 94 anos, foi o primeiro a renunciar em quase 600 anos, em 2013. Desde então, ele vive em uma rotina privada e quieta na Cidade do Vaticano.

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