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Relatório da Unesco recomenda reavaliar o uso de celulares nas escolas

A Unesco afirma no relatório que os avanços tecnológicos excluem muito mais pessoas do que auxiliam quando o assunto é Educação

atualizado

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Tânia Rêgo/Agência Brasil
Imagem mostra pessoa que utiliza um celular smartphone e zapeia entre os aplicativos - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra pessoa que utiliza um celular smartphone e zapeia entre os aplicativos - Metrópoles - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) enfatiza a importância do ensino presencial e recomenda que as escolas reavaliem o uso de celulares em suas dependências em todo o mundo, de acordo com as informações contidas no relatório deste ano sobre tecnologia na educação.

“Existem poucas evidências robustas do valor agregado da tecnologia digital na educação. A tecnologia evolui mais rápido do que é possível avaliá-la: produtos de tecnologia educacional mudam a cada 36 meses, em média. A maioria das evidências é produzida pelos países mais ricos”, afirma parte do relatório da Unesco.

Em comunicado, a Unesco fez um apelo urgente para o uso apropriado da tecnologia na educação, em detrimento dos resultados do relatório em questão.

“Os países são convocados a definir seus próprios termos para a forma como a tecnologia será projetada e usada na educação, para que ela nunca substitua a instrução presencial conduzida por professores e apoie o objetivo comum de educação de qualidade para todos”, afirma a instituição.

Além disso, a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, destacou que as conexões virtuais não substituem interações humanas, e que o uso da tecnologia deve ser regulamentado.

“A revolução digital possui um potencial imensurável, mas, assim como foram feitas advertências sobre como deve ser regulamentada na sociedade, atenção semelhante deve ser dada à maneira como é usada na educação. Seu uso deve ser para experiências de aprendizagem aprimoradas e para o bem-estar de estudantes e professores, não em detrimento deles. Mantenha as necessidades do estudante em primeiro lugar e apoie os professores. Conexões online não substituem a interação humana”, alertou a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay.

Poucas são as evidências, de acordo com o relatório elaborado pela instituição, de que a tecnologia auxilie na educação. A Unesco também alerta que os avanços tecnológicos excluem muito mais pessoas do que auxiliam, e que 16% dos países têm legislação contra o cyberbullying.

Quais são os países que baniram total ou parcialmente o uso de celulares nas escolas:

  • México;
  • Portugal;
  • Espanha;
  • Finlândia;
  • Holanda;
  • Suíça;
  • Estados Unidos;
  • Letônia;
  • França;
  • Guiné;
  • Uzbequistão;
  • Bangladesh;
  • Escócia; e
  • províncias do Canadá.

O mais próximo que o Brasil tem de uma legislação voltada para o uso de celulares nas escolas é o Projeto de Lei nº 104/2015, do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), que ainda está em análise na Câmara dos Deputados.

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