Reino Unido vai aceitar entrada de brasileiros vacinados com Coronavac
Governo britânico decidiu autorizar a entrada de pessoas imunizadas com vacinas aprovadas emergencialmente pela OMS
atualizado
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O governo do Reino Unido anunciou na segunda-feira (8/11) que passará a aceitar a entrada de estrangeiros imunizados com vacinas aprovadas emergencialmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A decisão leva à inclusão da Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac.
A medida, que inclui ainda outra chinesa, a Sinopharm Beijing, e a indiana Covaxin, deve entrar em vigor em 22 de novembro.
“Você deve ser capaz de provar que foi totalmente vacinado de acordo com um programa de vacinação com prova de certificação aprovada”, diz o governo britânico.
No caso do Brasil, deve ser apresentado o certificado de vacinação emitido pelo governo federal.
Até então, eram aceitos pelo Reino Unido quatro imunizantes: Oxford/AstraZeneca, Pfizer BioNTech, Moderna e Janssen. Para ingresso no país, os estrangeiros devem ter sido vacinados com a dose final (ou única, no caso da Jansen) 14 dias antes do embarque e precisarão comprovar a imunização completa.
Abandono da Coronavac
Com o fim do contrato da Coronavac previsto em outubro, o Ministério da Saúde não tem mais a intenção de adquirir novos lotes do imunizante, segundo fontes da pasta ouvidas pelo Metrópoles.
“A Coronavac ainda está com o registro emergencial pela Anvisa. Assim, compras futuras (dentro do planejamento do próximo ano) não mais se justificam legalmente por órgão público nessa situação”, alegou um integrante do órgão federal.
Na discussão interna, também apresenta-se como justificativa a inexistência de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação da Coronavac em adolescentes. Outro argumento consiste no fato de que as normas técnicas não recomendam, como dose de reforço, a aplicação da fórmula desenvolvida em parceria do laboratório chinês Sinovac com o Instituto Butantan.
O Ministério da Saúde também sustenta que 100% da população acima de 18 anos recebeu a primeira dose, e há imunizantes suficientes para garantir a segunda aplicação para todos os brasileiros — inclusive os que tomaram Coronavac.